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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira, 12, que o Brasil pode colocar na pauta dos Brics a proposta de uma moeda comum destinada às transações comerciais entre os países do bloco. “Precisam me convencer de que estou errado sobre a necessidade de uma moeda comum”, disse o chefe do Executivo, declarando-se aberto ao debate.
Lula recordou o acordo firmado em 2004 com a Argentina, que permitiu operações bilaterais em reais e pesos, e criticou a dependência do dólar nas trocas internacionais. “É plenamente possível. Demora porque as pessoas estão acostumadas. Mudanças têm resistência”, comentou.
O presidente ressaltou não ter intenção de “mexer com o dólar”, mas observou que uma alternativa cambial entre os Brics ainda não foi testada. Segundo ele, os Estados Unidos estariam demonstrando “ciúme” da aproximação brasileira com o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Durante a entrevista, Lula ironizou governadores que desaprovam sua postura em relação aos Brics, questionando se “eles leem jornais”. Ele afirmou que sua posição se baseia na defesa da autodeterminação dos povos, da soberania nacional e do multilateralismo.
Imagem: infomoney.com.br
Ao comentar relações com líderes estrangeiros, o petista declarou ter tido melhor entendimento com o republicano George W. Bush do que com outros presidentes dos Estados Unidos. Também considerou um erro a divergência do presidente francês Emmanuel Macron sobre o Acordo União Europeia–Mercosul, argumentando que produtos brasileiros não competem com os franceses. Segundo Lula, o exemplo da França mostra sua capacidade de manter bom diálogo com governantes de diferentes espectros políticos.
Com informações de InfoMoney
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