Minério de ferro encerra estável em Dalian, com mercado atento a cortes na produção de aço na China

Os contratos futuros de minério de ferro negociados na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) terminaram a sessão desta quarta-feira praticamente sem variação, enquanto participantes do mercado avaliavam possíveis limitações à produção de aço no norte da China e sinais de oferta global restrita.

O contrato para janeiro, o mais negociado no pregão chinês, fechou em 795 iuanes por tonelada, equivalente a US$ 110,79. Já o contrato de referência para setembro, listado na Bolsa de Cingapura, recuava 0,6%, cotado a US$ 103,8 por tonelada no mesmo período.

Relatos apontam que siderúrgicas instaladas no norte chinês teriam recebido orientações para reduzir a produção antes de um desfile militar marcado para 3 de setembro, em comemoração ao fim da Segunda Guerra Mundial. A expectativa de menor atividade industrial costuma pressionar o sentimento dos investidores.

Analistas do ANZ lembram que o setor siderúrgico segue altamente sensível às determinações governamentais de corte de produção. No curto prazo, explicam, essas restrições tendem a sustentar os preços e as margens do aço, o que dá espaço para que o custo de matérias-primas, como o minério de ferro, também avance.

No lado da oferta, os embarques globais do insumo recuaram, influenciados por menor volume exportado pela Austrália. Ainda assim, usinas chinesas aproveitam o momento para recompor estoques conforme a necessidade. De acordo com a corretora Hexun Futures, a produção média diária de metal quente — indicador que reflete a demanda por minério — permanece em nível elevado.

Com informações de InfoMoney