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Nesta quarta-feira (13), em teleconferência de resultados, o CEO da Taurus (TASA4), Salésio Nuhs, afirmou que a tarifa de até 50% imposta pelos Estados Unidos representa um “grande desafio”, mas destacou que a companhia reagiu rapidamente para reduzir o impacto sobre o negócio.
Entre as principais iniciativas, a fabricante brasileira de armas:
- transferiu estoques para território norte-americano;
- ampliou a produção de carregadores, enviando o excedente aos EUA;
- mantém um estoque estratégico robusto no país de destino.
Para buscar apoio, a empresa realizou reuniões com a embaixada dos EUA, o governador do Rio Grande do Sul, o vice-presidente da República, os ministérios da Defesa e da Fazenda, além de autoridades norte-americanas. Nuhs sublinhou que, apesar de possuir fábrica nos EUA, toda a estrutura de tecnologia e desenvolvimento continua no Brasil, considerada estratégica para a defesa nacional.
Conteúdo do Artigo
ToggleMontagem da linha G migra para os EUA
Na semana passada, a Taurus iniciou a transferência da linha de montagem da família G para os Estados Unidos. A mudança deve elevar a capacidade produtiva local para cerca de 900 armas por dia a partir de setembro, dentro de um total aproximado de 2.100 unidades destinadas ao mercado norte-americano. A estratégia busca reduzir a incidência de tarifas sobre peças enviadas desmontadas e sem margem de lucro, otimizando preços de transferência.
Paralelamente, a companhia diminuiu os preços de transferência para a operação norte-americana, em conformidade com a legislação, medida que não afetou o resultado do último trimestre.
Negociações em andamento
Segundo Nuhs, o governador da Geórgia enviou uma assessora ao Brasil e, em 26 de agosto, está prevista reunião em solo brasileiro, organizada por Sergio, responsável pelas operações nos EUA. A empresa também aguarda um pacote de medidas do governo brasileiro para mitigar efeitos sobre o fluxo de caixa. Na avaliação pessoal do executivo, a tarifa “não deve chegar a 50%”, mas ele evitou projeções oficiais.
Imagem: infomoney.com.br
Receita, margem e reajuste de preços
No segundo trimestre de 2025, a Taurus registrou receita líquida de R$ 402,4 milhões, retração de 1,3% frente ao mesmo período de 2024. O CFO Sergio Sgrillo destacou a “forte resiliência operacional” diante da tarifa de 10% já aplicada, apontando margem bruta de 38%, a melhor desde 2023. Para compensar esse tributo, a empresa reajustou em 7% a tabela de preços nos EUA em 1º de julho.
Ainda segundo Nuhs, apesar de juros altos e renda menor nos EUA, a companhia recuperou vendas com armas de entrada — segmento em que detém forte presença — e vem ganhando mercado em produtos de maior valor, como revólveres, o que contribuiu para a elevação das margens.
O executivo afirmou que as ações já implementadas asseguram resultados positivos até o fim de 2025, enquanto novas decisões podem ser adotadas conforme a evolução das negociações tarifárias.
Com informações de InfoMoney
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