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Dados fracos de vendas derrubam ações de varejo e consumo no Ibovespa

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São Paulo, 13. As ações de empresas ligadas ao varejo e ao consumo lideram as perdas no Ibovespa nesta quarta-feira (13), após a divulgação de estatísticas de vendas abaixo do esperado para o setor.

Maiores recuos do pregão

Por volta das 13h20 (horário de Brasília), CVC Brasil (CVCB3) registrava a maior desvalorização do índice, caindo 12,07%. Na sequência apareciam GPA (PCAR3), com recuo de 8,91%, Marfrig (MRFG3) (-4,61%), Petz (PETZ3) (-4,26%) e Lojas Renner (LREN3) (-4,19%).

Também figuravam entre os destaques negativos Vivara (VIVA3) (-3,59%), Copel (CPLE6) (-3,53%), Azzas 2154 (AZZA3) (-3,52%), Yduqs (YDUQ3) (-3,12%), Cyrela (CYRE3) (-2,92%), Assaí (ASAI3) (-2,87%) e Magazine Luiza (MGLU3) (-2,85%).

Vendas no varejo decepcionam

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de vendas no varejo caiu 0,1% em junho frente a maio, terceira retração mensal consecutiva. A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,7%. Nos meses anteriores, as quedas foram de 0,4% (maio) e 0,3% (abril).

Na comparação anual, o avanço foi de 0,3%, bem abaixo da projeção de 2,4%. No segundo trimestre, o setor cresceu apenas 0,1% em relação aos três meses anteriores, desacelerando diante da expansão de 0,7% verificada no primeiro trimestre.

Impacto da política monetária

Analistas apontam que o aperto monetário do Banco Central já se reflete de forma mais intensa no crédito. A taxa básica Selic permanece em 15% e deve ficar em patamar elevado por período prolongado, segundo sinalização da autoridade monetária.

“Observa-se enfraquecimento da atividade, com três meses seguidos de queda no comércio e retração em segmentos antes resilientes”, avaliou Leonardo Costa, economista do ASA.

Mercado de trabalho sustenta consumo

Apesar da piora nos números do varejo, o gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, destacou que um mercado de trabalho aquecido, com massa salarial em expansão, segue apoiando o consumo. Por outro lado, pesam as incertezas geradas pela tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras a partir deste mês.

Desempenho por segmento

Cinco dos oito grupos pesquisados pelo IBGE apresentaram queda em junho:

  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -2,7%
  • Livros, jornais, revistas e papelaria: -1,5%
  • Móveis e eletrodomésticos: -1,2%
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: -0,9%
  • Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -0,5%

Houve avanços em Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,0%), Tecidos, vestuário e calçados (0,5%) e Combustíveis e lubrificantes (0,3%).

Varejo ampliado recua

Considerando veículos, motos, peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o chamado comércio varejista ampliado caiu 2,5% em junho frente a maio.

Perspectivas

Para a Genial Investimentos, o resultado confirma o início de uma desaceleração, mas o setor permanece próximo dos níveis mais altos de sua série histórica. A casa reforça a expectativa de arrefecimento gradual da economia brasileira nos próximos trimestres, sem surpresa de revisões positivas para o PIB, cenário diferente do observado no ano passado.

Com a combinação de juros elevados, sinais de perda de fôlego na atividade e impactos ainda incertos de barreiras comerciais externas, investidores reagiram com forte movimento de venda nas empresas mais sensíveis ao consumo.

Com informações de InfoMoney

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