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Brasília – O Observatório do Clima divulgou, na terça-feira (12), uma carta aberta acusando o governo federal e a administração do Pará de negligência na preparação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro em Belém.
O documento sustenta que os elevados preços de hospedagem na capital paraense podem tornar o encontro “a COP mais excludente da história”, reduzindo o tamanho das delegações internacionais e provocando um “vexame histórico” ao país.
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ToggleEscassez de acomodações
A coordenadora global da Campanha para Demandar Justiça Climática (DCJ), a indiana Rachitaa Gupta, relatou que aproximadamente 80% dos 250 integrantes da rede ainda não garantiram estadia em Belém. Segundo ela, o Brasil “não entende o que é ter acomodações acessíveis”.
O Observatório do Clima afirma que o tema se agravou após dois anos e meio de preparativos insuficientes. O atraso na divulgação de uma plataforma oficial de hospedagem, mencionada pelo secretário extraordinário da Casa Civil para a COP30, Valter Correa, em 30 de março, é apontado como um dos fatores que alimentam a crise.
Impacto nas delegações
A carta recorda o cancelamento da participação do presidente da Áustria devido aos custos elevados e destaca dificuldades relatadas por países de menor renda. O risco, segundo o Observatório, é que delegações reduzidas comprometam a legitimidade das negociações climáticas.
O texto cita o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), responsáveis pela logística. Para a entidade, questionamentos sobre infraestrutura foram “transformados” em preconceito contra o estado.
Reações e medidas
Nas últimas semanas, 27 países enviaram carta cobrando ações que contenham a escalada dos preços de hospedagem. As diárias de quartos simples já superam valores praticados por hotéis de luxo em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.
Imagem: infomoney.com.br
Diante do cenário, a Defensoria Pública do Pará notificou plataformas de aluguel para remover anúncios considerados abusivos. Representantes das Nações Unidas e da Secretaria Extraordinária da COP30 devem se reunir ainda esta semana em busca de soluções.
O Observatório lembra que o governo cogitava alternativas como construção de novos hotéis e uso de navios para acomodar visitantes, mas avalia que “fez menos do que o necessário”. A organização também mencionou declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feita em fevereiro, quando ironizou que, na falta de acomodações de luxo, delegados poderiam “dormir sob as estrelas”.
Faltando três meses para a conferência, o Observatório do Clima afirma não enxergar sinais de melhoria concreta e cobra medidas urgentes para evitar que a COP30 seja marcada pela exclusão de participantes.
Com informações de InfoMoney
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