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A diversificação dos destinos das vendas externas brasileiras deve ter o mesmo peso que as medidas de socorro às empresas prejudicadas pelo aumento de 50% nas tarifas dos Estados Unidos, avalia Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP).
Para o especialista, conceder crédito, adiar tributos e ampliar incentivos fiscais é preferível a retaliar Washington, mas é preciso delimitar prazos e público-alvo para evitar que o programa se torne permanente. “O foco em buscar novos mercados teria que ser tão importante quanto”, afirmou.
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TogglePacote “Brasil Soberano”
Na quarta-feira (13), o governo federal apresentou o plano Brasil Soberano, que prevê uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para companhias afetadas, desde que mantenham empregos, e prorroga por 12 meses o regime de drawback, que suspende impostos de importação sobre insumos usados em produtos exportados.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Medida Provisória durante cerimônia no Palácio do Planalto, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; do vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin; do presidente da Câmara, Hugo Motta; do presidente do Senado, Davi Alcolumbre; e de representantes do setor produtivo. “Se os Estados Unidos não querem comprar, vamos procurar outro país”, disse Lula.
Haddad classificou as tarifas como “retaliação injustificável” de um parceiro que mantém superávit comercial com o Brasil e criticou o apoio “de setores radicalizados” à medida.
Ampliação do Reintegra
Entre as ações está a expansão do Reintegra. Antes voltado apenas a micro e pequenas empresas, o mecanismo que devolve parte dos tributos federais pagos na cadeia de exportação passa a contemplar médias e grandes companhias. As alíquotas sobem de 3% para 6% do valor exportado para micro e pequenas; para os demais portes, a alíquota será de 3%.
Imagem: infomoney.com.br
O pacote inclui ainda:
• prorrogação do drawback;
• crédito de R$ 30 bilhões com juros reduzidos via Banco do Brasil e BNDES;
• reforma do Fundo de Garantia à Exportação (FGE);
• incentivo a compras governamentais;
• diferimento de tributos.
Para Sergio Vale, dar suporte financeiro é “caminho adequado”, mas a abertura de novos mercados precisa avançar paralelamente para compensar possíveis perdas na maior economia do mundo.
Com informações de InfoMoney
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