FecomercioSP apoia ações do governo contra tarifaço dos EUA, mas ressalta importância de negociar

São Paulo – A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) considerou “necessárias” as medidas anunciadas pelo governo federal nesta quarta-feira, 13, para minimizar os impactos do aumento de tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, a entidade defendeu que o foco imediato seja a retomada do diálogo com Washington para reduzir a tensão comercial.

Em nota, a federação avalia que o pacote “dá fôlego” aos segmentos diretamente atingidos pelo tarifaço decretado pelo presidente norte-americano Donald Trump, mas adverte que “o momento é de negociar, evitando declarações retaliatórias e discussões públicas improdutivas”. Segundo a entidade, somente com “responsabilidade e moderação” será possível reverter as taxações, que ela classifica como desprovidas de fundamento econômico.

Conjunto de ações

O plano de alívio inclui:

• linhas de crédito direcionadas às empresas mais afetadas;
• adiamento no pagamento de tributos federais;
• incentivos via compras governamentais; e
• suporte jurídico nos tribunais norte-americanos.

De acordo com a FecomercioSP, os efeitos serão mais relevantes para produtos industrializados que, devido às novas tarifas, perderam temporariamente acesso ao mercado norte-americano. Esses itens, observa a federação, não podem ser redirecionados a outros destinos no curto prazo, o que coloca em risco a sobrevivência de empresas e, em alguns casos, de economias regionais inteiras.

A entidade acrescenta que o programa reforça a avaliação de que o impacto líquido das tarifas sobre a atividade econômica brasileira em 2025 “pode ser menor que o estimado anteriormente”. Ainda assim, ressalta, sem um “resgate imediato”, muitos negócios ficariam vulneráveis.

FecomercioSP conclui a nota pedindo que o governo evite elevar a temperatura diplomática: “A prioridade agora é a negociação.”

Com informações de InfoMoney