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Raízen despenca na Bolsa após prejuízo de R$ 1,8 bi e dívida subir para R$ 49 bi

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São Paulo, 14 de agosto – Os papéis da Raízen (RAIZ4) recuavam 13,33% às 10h23, cotados a R$ 1,04, aproximando-se da faixa dos centavos e acumulando perda superior a 40% em 2024. A forte queda foi motivada pelo balanço do primeiro trimestre da safra 2025/26, divulgado nesta quinta-feira (14).

A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 1,8 bilhão, revertendo o lucro de R$ 1,1 bilhão registrado no mesmo período da safra anterior. Segundo a Raízen, o resultado reflete deterioração do desempenho operacional.

Alavancagem em alta

A XP Investimentos classificou o trimestre como “desafiador” e apontou quatro fatores principais para o desempenho:

  • Substituição de contratos com fornecedores por dívida, elevando a relação dívida líquida/Ebitda para 4,5 vezes;
  • Ganhos de eficiência considerados não recorrentes;
  • Condições climáticas adversas que reduziram a moagem e limitaram a diluição de custos;
  • Perdas em estoques na distribuição de combustíveis no Brasil, agravadas por parada de manutenção mais longa que o previsto na Argentina.

A Raízen informou que avalia, junto aos acionistas controladores, um possível aumento de capital. As conversas estão em estágio inicial.

Análise dos bancos

Para o Bradesco BBI, o Ebitda ajustado de R$ 1,9 bilhão veio em linha com a projeção da casa, porém abaixo do consenso de mercado. A divisão de Mobilidade foi destaque, com margem de R$ 149 por metro cúbico, acima dos R$ 115 a 118 por metro cúbico observados em concorrentes como Vibra e Ultrapar.

O Ebitda de Açúcar e Renováveis somou R$ 862 milhões, queda de 27% em relação ao ano anterior, influenciada por volumes menores e menor diluição de custos.

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Imagem: infomoney.com.br

A dívida líquida avançou de R$ 34 bilhões no quarto trimestre de 2025 para R$ 49 bilhões, após forte consumo de caixa decorrente do encerramento da maior parte das operações de financiamento a fornecedores.

Diante do quadro, o BBI reduziu o preço-alvo para 2026 de R$ 2,80 para R$ 2,00 por ação, citando maior endividamento e custos mais altos, parcialmente compensados por margens melhores na área de Mobilidade. O banco vê a companhia em “modo de recuperação”, mas aponta a desalavancagem como principal desafio.

Com informações de InfoMoney

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