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EUA revogam vistos de dois ex-integrantes do Mais Médicos e ampliam sanções a brasileiros

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O governo dos Estados Unidos anulou, nesta quarta-feira (13), os vistos do atual secretário de Atenção Especializada à Saúde, Mozart Júlio Tabosa Sales, e do ex-servidor do Ministério da Saúde Alberto Kleiman, hoje ligado à Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). A determinação foi anunciada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, que classificou a participação de ambos no programa Mais Médicos como “um golpe diplomático inconcebível”.

Segundo Washington, os dois teriam contribuído, entre 2013 e 2018, para a contratação de profissionais cubanos por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), driblando sanções norte-americanas contra Havana e enviando recursos ao regime cubano. O comunicado aponta que a iniciativa “enriqueceu um regime corrupto” e expôs médicos à exploração.

Quem são os atingidos

Mozart Sales, médico e ex-vereador do Recife, chefiou a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde entre 2012 e 2014, período de criação do Mais Médicos. Já Alberto Kleiman atuou no Departamento Internacional do ministério até 2015 e, mais recentemente, foi diretor da OTCA para a COP 30. Ambos integraram gestões petistas em diferentes níveis.

Escalada de pressões

A revogação amplia a lista de brasileiros punidos pelos Estados Unidos. Em julho, o governo de Donald Trump havia suspenso a entrada de oito ministros do Supremo Tribunal Federal, entre eles Alexandre de Moraes, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Agora, as sanções alcançam integrantes do Executivo e ex-responsáveis por programas de cooperação internacional.

A Casa Branca sustenta que nenhum ministro, servidor ou parente está imune a eventuais punições, argumento comemorado nos EUA pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). No Palácio do Planalto, porém, a medida é vista como ingerência externa que reforça o discurso de defesa da soberania defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Contexto do programa

Criado em 2013 no governo Dilma Rousseff, o Mais Médicos levou profissionais a áreas carentes do país, majoritariamente cubanos recrutados pela Opas. Críticos questionavam a validação de diplomas estrangeiros e o repasse de parte dos salários ao governo de Cuba. O vínculo com profissionais cubanos foi encerrado em 2018, durante a transição para o governo Jair Bolsonaro, mas retomado por Lula em 2023. Hoje, o Ministério da Saúde contabiliza cerca de 24,7 mil médicos em atividade.

As novas sanções surgem em meio a relações tensas entre Brasília e Washington, às vésperas das eleições de 2026 e sob permanente alinhamento público da família Bolsonaro com o republicano Donald Trump.

Com informações de InfoMoney

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