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São Paulo, 14 de agosto de 2025 – Os papéis da Hapvida (HAPV3) lideravam os ganhos do Ibovespa na manhã desta quinta-feira. Às 10h55 (horário de Brasília), as ações subiam 7,14%, cotadas a R$ 37,37, impulsionadas pela divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025, publicada na noite de quarta-feira.
Lucro, receita e margem
A operadora de planos de saúde reportou lucro líquido ajustado de R$ 148,9 milhões entre abril e junho, queda de 69,6% em relação ao mesmo período de 2024, reflexo de desempenho operacional mais fraco.
A receita líquida avançou 7,3% na comparação anual, enquanto o Ebitda ajustado totalizou R$ 845 milhões, valor 2% abaixo das estimativas do mercado. A margem Ebitda ajustada recuou 2 pontos percentuais em 12 meses, para 11%.
Sinistralidade e provisões
O índice de sinistralidade em caixa aumentou 2,4 pontos percentuais frente ao primeiro trimestre, movimento atribuído à sazonalidade. A companhia provisionou valores maiores para ressarcimento ao SUS e estima que o patamar fique entre 1,2% e 1,5% da receita a partir de agora, acima da projeção de 1,1% do Bradesco BBI.
O resultado financeiro ajustado foi positivo em R$ 345 milhões, 3% superior ao esperado. A geração de caixa somou R$ 148 milhões, pressionada por R$ 203 milhões em novos depósitos judiciais ligados ao SUS; os depósitos cíveis permaneceram praticamente estáveis em R$ 135 milhões.
Adição de beneficiários anima analistas
No trimestre, a Hapvida adicionou 57 mil vidas líquidas à sua carteira, revertendo a perda de 70 mil beneficiários vista no primeiro trimestre de 2025 e superando a projeção de estabilidade do Bradesco BBI.
Imagem: infomoney.com.br
Após o balanço, o BBI reiterou recomendação de compra para HAPV3, citando múltiplo preço/lucro de 8,6 vezes para 2026 e melhores perspectivas de crescimento. A XP Investimentos classificou os números como neutros, afetados por efeitos não recorrentes e pela reclassificação de despesas decorrente da integração com o NotreDame Intermédica (NDI).
Teleconferência e expectativas
Em teleconferência, a administração reforçou a meta de expansão da base de beneficiários, apoiada no fortalecimento do portfólio de produtos e na relação com corretoras de seguros. A companhia também detalhou os impactos pontuais do trimestre, como as provisões extraordinárias do SUS e a mudança na classificação de custos.
Para o Itaú BBA, as explicações foram bem recebidas pelos investidores, dissipando preocupações sobre sinistralidade e ações cíveis. O banco projetava reação positiva do mercado após a recente fraqueza dos papéis desde a divulgação do resultado do primeiro trimestre.
Com informações de InfoMoney
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