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Lucro da CPFL sobe 8% no 2º trimestre e alcança R$ 1,18 bilhão; empresa prevê cortes maiores na geração renovável

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São Paulo – A CPFL Energia registrou lucro líquido de R$ 1,18 bilhão no segundo trimestre de 2025, cifra 7,8% superior à apurada no mesmo período do ano passado. O resultado superou a estimativa média de analistas, que projetavam cerca de R$ 1 bilhão, segundo dados do IBES.

O desempenho positivo decorreu principalmente do segmento de distribuição, cujo Ebitda avançou 22,2% e atingiu R$ 2 bilhões, impulsionado por reajustes tarifários, queda de 37% na inadimplência e outros fatores operacionais. Esse avanço compensou perdas na geração renovável, impactada pelos cortes de produção impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Ebitda e receita

O Ebitda consolidado somou R$ 3,0 bilhões, alta de 6,7% em 12 meses e acima da projeção de R$ 2,76 bilhões do mercado. A receita líquida cresceu 2,9%, para R$ 15,365 bilhões.

Curtailment deve aumentar

Na geração, o principal entrave foi o curtailment – redução obrigatória da produção quando não há demanda suficiente ou existem restrições na rede. De acordo com o presidente Gustavo Estrella, a companhia enfrentou corte médio de 20,9% da potência potencial no primeiro semestre, bem acima dos 8,6% observados em igual período de 2024. “No segundo semestre, a tendência é piorar porque há maior oferta de renováveis”, afirmou o executivo à Reuters.

Estrella acrescentou que a expansão da geração distribuída, sobretudo em sistemas solares de pequeno porte, deve agravar o problema nos próximos anos.

Foco em distribuição e transmissão

Diante do cenário desfavorável para novos projetos renováveis, a CPFL prioriza crescimento orgânico na distribuição e avalia participar do próximo leilão de transmissão, previsto para outubro. A estratégia ganha força com a provável renovação das concessões por mais 30 anos.

Captação no exterior

Após obter rating global Baa2 da Moody’s, dois níveis acima da nota soberana brasileira, a companhia monitora oportunidades de captação no mercado internacional, inclusive por meio de panda bonds – títulos emitidos na China. “Percebemos apetite de investidores acostumados aos papéis da State Grid”, comentou o CEO.

Controlada pela chinesa State Grid, a CPFL mantém expectativa de reforçar investimentos nos próximos anos, mas segue atenta aos efeitos dos cortes de geração sobre seus resultados.

Com informações de InfoMoney

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