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São Paulo — A Petrobras foi a companhia que sofreu o maior corte de participação por fundos de investimento norte-americanos entre abril e junho. Levantamento da Bloomberg, com base nos formulários 13-F enviados à SEC até 14 de agosto, mostra a venda líquida de 36,47 milhões de papéis da estatal no período.
Desse total, 21,9 milhões correspondem a ações preferenciais negociadas nos Estados Unidos por meio de ADRs, enquanto 14,57 milhões são ações ordinárias. Assim, a exposição agregada desses gestores passou de 56,96 milhões de ações no primeiro trimestre para 20,49 milhões ao fim de junho.
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ToggleGestoras que mais se desfizeram dos papéis
A Arrowstreet Capital liderou as saídas, com a venda de 21,2 milhões de ações da petroleira brasileira. Já a Oaktree Capital Management, do investidor Howard Marks, reduziu a posição em 2,66 milhões de papéis.
Segundo o agregador 13f.info, o valor combinado das posições em ações preferenciais e ordinárias da Petrobras encolheu US$ 3,45 bilhões (aproximadamente R$ 18,67 bilhões) no trimestre, cálculo que considera tanto a diminuição das participações quanto a desvalorização dos papéis e exclui operações com opções.
Cenário de maior cautela
A retirada de recursos ocorre em um momento de atenção redobrada ao desempenho financeiro da Petrobras. No segundo trimestre de 2025, a companhia registrou lucro líquido de R$ 26,65 bilhões, revertendo o prejuízo de igual intervalo do ano anterior. O Ebitda ajustado somou R$ 52,3 bilhões, em linha com as estimativas de analistas.
Apesar do lucro, o fluxo de caixa livre ficou abaixo das projeções devido ao aumento de capital de giro e a gastos de capital (capex) acima das expectativas. A companhia aprovou dividendos ordinários de US$ 1,6 bilhão no trimestre, valor considerado inferior ao consenso do mercado e que diminuiu a probabilidade de distribuição extraordinária em 2025, de acordo com a própria diretoria.
No Brasil, a Vista Capital, gestora focada em commodities que mantinha ações da estatal havia quase seis anos, comunicou na quarta-feira (13) que encerrou sua posição.
Imagem: infomoney.com.br
Outros destaques do levantamento
Enquanto a Petrobras concentrou as vendas, a Nu Holdings (Nubank) ficou entre os maiores aumentos de posição. Fundos acrescentaram 50,12 milhões de ações classe A da instituição financeira registrada nas Ilhas Cayman.
O Nubank reportou lucro líquido de US$ 637 milhões no segundo trimestre, alta de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior, e receita líquida de US$ 3,7 bilhões, avanço de 40% na mesma base de comparação.
O estudo considerou 716 hedge funds, que somavam US$ 726,54 bilhões em ativos no fim de junho, acima dos US$ 622,94 bilhões do trimestre anterior. No agregado, o setor de energia — onde a Petrobras se enquadra — apresentou o menor crescimento em valor investido.
Com informações de InfoMoney
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