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Gol reduz prejuízo e Azul registra lucro contábil no 2º trimestre, mas analistas mantêm cautela

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São Paulo, 10h17 – As ações de Gol (GOLL54) e Azul (AZUL4) operavam em alta nesta terça-feira após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25). GOLL54 avançava 1,73%, a R$ 5,29, enquanto AZUL4 subia 1,64%, cotada a R$ 0,62.

Desempenho financeiro

A Gol encerrou o trimestre com prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão, redução de 60,8% em comparação ao mesmo período de 2024. A companhia concluiu recentemente o processo de recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11).

A Azul reportou lucro líquido de R$ 1,29 bilhão, ante perda de R$ 3,56 bilhões um ano antes. Ajustado por itens não recorrentes, porém, o resultado foi um prejuízo de R$ 475,8 milhões, 29% menor que o prejuízo ajustado de R$ 669,7 milhões apurado no 2T24.

Análise dos bancos

Para o JPMorgan, o 2T25 da Azul foi fraco: o EBITDA ajustado somou R$ 1,142 bilhão, cerca de 12% abaixo de suas estimativas, refletindo receita de passageiros 3% inferior ao projetado. O banco mantém recomendação underweight para AZUL4, negociada a 4,8 vezes EV/EBITDA estimado para 2025, frente a 4,6 vezes da Copa Airlines e 4,7 vezes da Latam Airlines.

O Bradesco BBI destacou que o EBITDA ajustado da Azul, de R$ 1,14 bilhão, cresceu 9% em 12 meses, mas ficou 17% abaixo do consenso. As passagens recuaram 1%, o CASK avançou 4% (15% excluindo combustível) e a companhia utilizou US$ 450 milhões do financiamento DIP. A expectativa é de saída do Chapter 11 entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026. O BBI reiterou recomendação de venda, com preço-alvo de R$ 0,50.

A Genial Investimentos ressaltou receita recorde de R$ 4,9 bilhões na Azul, impulsionada por demanda internacional, expansão de unidades de negócio e ajuste de malha.

No caso da Gol, o JPMorgan apontou que o EBITDA reportado, de R$ 382 milhões, ficou abaixo da projeção de R$ 864 milhões, enquanto o EBIT mostrou prejuízo de R$ 349 milhões, ante expectativa de R$ 231 milhões. Ajustado por itens não recorrentes, o EBITDA teria alcançado R$ 1,134 bilhão. O banco segue com recomendação underweight, observando que a empresa negocia a 6,7 vezes EV/EBITDA estimado para 2025, acima da média latino-americana de 4,5 vezes.

Liquidez e financiamento

A Azul encerrou junho com R$ 3,3 bilhões em liquidez imediata, frente a R$ 2,3 bilhões no 1T25, após captar US$ 100 milhões em empréstimo-ponte e acessar US$ 250 milhões do financiamento DIP de US$ 1,6 bilhão.

As atenções dos investidores permanecem voltadas ao andamento dos processos de reestruturação financeira das duas companhias e aos custos operacionais ainda pressionados.

Com informações de InfoMoney

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