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Banco do Brasil registra menor retorno sobre patrimônio desde 2016 após lucro cair 60%

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São Paulo – O Banco do Brasil (BBAS3) apresentou lucro líquido ajustado de R$ 3,784 bilhões no segundo trimestre de 2025, queda de 60% em relação ao mesmo período do ano anterior e inferior à média de R$ 5 bilhões estimada por analistas consultados pela LSEG.

Com o resultado, o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) recuou para 8,2%, patamar mais baixo desde 2016. O índice ficou 7,5 pontos percentuais abaixo do observado no primeiro trimestre e 12,8 pontos percentuais menor na comparação anual, tornando-se o pior entre os grandes bancos brasileiros.

Pressão nas provisões e alta da inadimplência

Análises do Bradesco BBI apontam que o desempenho foi afetado principalmente pelo avanço de 13,1% nas despesas com provisões para perdas, reflexo de um ambiente adverso para qualidade de crédito. O impacto negativo ocorreu apesar de a receita líquida ter superado em 2,6% as estimativas e de as despesas operacionais terem ficado 1,6% abaixo do previsto.

A deterioração atingiu sobretudo a carteira de agronegócio, cuja inadimplência de curto prazo subiu de 4,1% para 5,5%. A XP ressalta que o setor enfrentou atrasos generalizados em pagamentos, forte aumento de empréstimos reestruturados e os efeitos da Resolução 4.966, que exige reconhecimento das receitas de operações em estágio 3 pelo regime de caixa.

No consolidado, o custo de crédito alcançou R$ 15,9 bilhões, crescimento de 104% em doze meses e de 57% frente ao trimestre anterior. Segundo a Genial Investimentos, pesaram ainda o avanço da inadimplência em pessoas físicas e pequenas e médias empresas e a nova regulação citada pela XP.

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Imagem: infomoney.com.br

Perspectivas para os próximos trimestres

Em teleconferência com analistas, a presidente-executiva do banco, Tarciana Medeiros, afirmou que o resultado do terceiro trimestre tende a continuar pressionado pela carteira do agronegócio, com expectativa de melhora apenas no fim do ano. A executiva destacou que a instituição detém cerca de 50% do mercado de crédito rural no país e seguirá atuando de forma “diligente e próxima” aos clientes, inclusive recorrendo ao Judiciário quando necessário para recuperação de garantias.

Demais linhas de crédito, segundo o banco, mantiveram desempenho em linha com o projetado, ajudando a amenizar parte da pressão oriunda do segmento rural.

Com informações de InfoMoney

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