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A Procuradoria-Geral de Washington, D.C., entrou nesta quinta-feira, 15 de agosto, com uma ação federal contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionando a legalidade da nomeação do chefe da Administração de Combate às Drogas (DEA), Terry Cole, como “comissário de polícia de emergência” da capital.
O procurador-geral Brian Schwalb pede que a Justiça declare ilegal a medida que transfere o controle do Departamento de Polícia Metropolitana (MPD) para o governo federal. A petição foi protocolada poucas horas depois de Trump editar a ordem que concede a Cole todos os poderes de um chefe de polícia.
Juíza demonstra ceticismo
Durante audiência de emergência realizada no mesmo dia, a juíza distrital Ana Reyes questionou a base legal da intervenção. “Ainda não entendo em que o presidente se apoia para dizer ao departamento de polícia que nada pode ser feito sem sua permissão”, disse, dirigindo-se a um representante do Departamento de Justiça.
Posição da Casa Branca
Em nota, a porta-voz da Casa Branca, Abigail Jackson, afirmou que “o governo Trump tem autoridade legal para assumir o controle da polícia de D.C., necessária diante da emergência instaurada pela falha de liderança local”.
Justificativa de segurança
Na segunda-feira, Trump anunciara o envio de centenas de membros da Guarda Nacional para patrulhar a capital e justificou a intervenção alegando “emergência criminal” na cidade. Dados oficiais indicam que os crimes violentos subiram em 2023, mas vêm recuando rapidamente desde então.
Agências federais como FBI e DEA já realizam patrulhas e prisões nas ruas de Washington. Na quarta-feira, a secretária de Justiça, Pam Bondi, publicou ordem formalizando a transferência de comando do MPD para Terry Cole.
Imagem: Julia Demaree Nikhinson via valor.globo.com
Escalada política
Além de Trump, o processo cita Bondi, Cole e outros integrantes do governo. A iniciativa aumenta o atrito entre a secretária de Justiça e a prefeita da cidade, Muriel Bowser, que disputam o controle das forças de segurança locais.
Trump também sugeriu a possibilidade de adotar medidas semelhantes em outras cidades administradas por democratas, parte de um esforço para ampliar poderes presidenciais em seu segundo mandato.
Com informações de Valor Econômico
