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Oposição boliviana acusa governo Arce de montar esquema de fraude a três dias da eleição

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La Paz – Faltando três dias para as eleições gerais de domingo (17), a Aliança Unidade, que apoia o empresário Samuel Doria Medina, denunciou que o governo do presidente Luis Arce prepara um “plano de fraude” para comprometer o resultado das urnas.

Em comunicado divulgado nas redes sociais, a coligação afirmou que vídeos produzidos por simpatizantes governistas circulam na internet mostrando supostos militantes oposicionistas manipulando material eleitoral. Segundo a nota, o esquema incluiria ainda o “plantio” de cédulas nos comitês de campanha de Doria Medina. O grupo cobrou do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) uma resposta “enérgica” contra a tentativa de sabotagem.

A plataforma Bolívia Verifica analisou os conteúdos publicados no TikTok com imagens de cédulas previamente marcadas em favor de Doria Medina e concluiu que são falsos. O site lembrou que todo o material eleitoral permanece sob custódia do TSE, o que inviabiliza alterações antes da votação.

Doria Medina, 66 anos, aparece tecnicamente empatado na liderança das pesquisas com o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga (2001-2002), candidato da aliança Livre. Já o governista Movimento ao Socialismo (MAS) escolheu o ex-ministro do Interior Eduardo del Castillo, que não figura entre os favoritos para um eventual segundo turno.

Na quinta-feira (14), Arce substituiu o comando das Forças Armadas e, em pronunciamento, prometeu acatar o resultado das urnas. “Que aqueles de nós que entramos pela porta desta Casa Grande também saiam pela porta e deixem o legado democrático para todo o povo boliviano”, declarou.

O atual presidente desistiu de disputar a reeleição em meio a forte crise econômica – marcada por escassez de dólares, falta de combustíveis e a pior inflação em décadas, com alta nos preços da cesta básica.

No pleito deste domingo, os bolivianos escolherão presidente, vice-presidente e parlamentares para um mandato de cinco anos, definição que tende a influenciar o rumo político e econômico do país após a instabilidade iniciada em 2019.

Com informações de InfoMoney

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