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Brasília, 17 de agosto de 2025 – Uma comitiva de chefes de Estado e altos representantes da Europa viajará a Washington na segunda-feira (18) para se juntar ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Confirmaram presença a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; o secretário-geral da Otan, Mark Rutte; o presidente da França, Emmanuel Macron; o presidente da Finlândia, Alexander Stubb; e o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz. Segundo a emissora Sky News, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também poderá integrar o grupo.
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ToggleObjetivo do encontro
Os líderes pretendem discutir garantias de segurança à Ucrânia e medidas para evitar violações a uma eventual proposta de paz com a Rússia. Enquanto as capitais europeias buscam mecanismos duradouros de proteção a Kiev, Trump tenta costurar um acordo rápido entre Moscou e Kiev.
Integrantes da chamada “coalizão de países bem-intencionados” farão uma videoconferência neste domingo (17) para elaborar um plano conjunto. Fontes envolvidas nas conversas afirmam que há ceticismo sobre a possibilidade de um entendimento rápido e questionam o compromisso do presidente russo, Vladimir Putin, com qualquer acordo de paz.
Agenda antes de Washington
Em publicação na rede social X, Von der Leyen informou que receberá Zelensky em Bruxelas no domingo, antes de ambos seguirem para a Casa Branca. Segundo comunicado do governo alemão, as discussões em Washington devem abranger garantias de segurança, questões territoriais e a manutenção do apoio militar europeu à defesa ucraniana.
Contexto das negociações
Será a primeira visita de Zelensky aos EUA desde fevereiro, quando um encontro anterior com Trump terminou em discussão acalorada e ocasionou uma suspensão temporária da ajuda militar americana à Ucrânia. De lá para cá, os dois líderes retomaram o diálogo, e a presença de autoridades europeias visa fortalecer a posição do presidente ucraniano frente à crescente pressão por concessões territoriais.
No sábado (16), após conversar com Putin no Alasca, Trump disse a líderes europeus que está disposto a negociar as garantias se a Otan ficar de fora, segundo a agência Bloomberg. O republicano também afirmou poder organizar uma reunião entre Putin e Zelensky em até uma semana.
Entre as opções discutidas está a oferta de compromissos de defesa semelhantes ao Artigo 5º da Otan, embora fontes diplomáticas reconheçam a dificuldade de replicar o mecanismo. Outra alternativa seria reforçar propostas apresentadas anteriormente por Reino Unido e França, com forças de segurança, monitoramento e cobertura aérea à Ucrânia.
Imagem: valor.globo.com
Demandas territoriais
Trump relatou a Zelensky e aos líderes europeus que Putin exige o controle total da região do Donbas – Donetsk e Luhansk –, além da suspensão de avanços russos em Zaporizhzhia e Kherson. O Kremlin também consideraria retirar tropas de Sumy e Kharkiv. Zelensky já descartou ceder qualquer parte do Donbas.
Estimativa do Ministério da Defesa do Reino Unido indica que a Rússia precisaria de mais de quatro anos para ocupar integralmente as áreas reivindicadas em 2022, ao custo de até 2 milhões de vidas russas, nas condições atuais de combate.
Embora Trump sustente que a decisão sobre território cabe a Kiev, o presidente americano tem sugerido que um acordo de paz envolva concessões de terras. A persistente recusa de Moscou a um cessar-fogo, segundo Zelensky, torna mais complexa a obtenção de um pacto abrangente.
A reunião de segunda-feira será, portanto, um teste para a diplomacia transatlântica na tentativa de pavimentar um caminho viável rumo ao fim do conflito, que se aproxima do quarto ano.
Com informações de Valor Econômico
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