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Logística da COP30 enfraquece Helder Barbalho na disputa pela vice de Lula em 2026

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As dificuldades para organizar a COP30, marcada para novembro em Belém (PA), reduziram o espaço do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), entre os nomes cotados para ocupar a vaga de vice na chapa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. Antes vista como vitrine política, a conferência do clima passou a ser considerada um obstáculo, principalmente pelos problemas de infraestrutura e hospedagem na capital paraense.

Cenário dentro do MDB

Helder integra, ao lado dos ministros Renan Filho (Transportes) e Simone Tebet (Planejamento), o trio de emedebistas lembrado para o posto caso o atual vice, Geraldo Alckmin (PSB), deixe a função. O governador, porém, tem dito a aliados que pretende concorrer ao Senado no lugar do pai, o senador Jader Barbalho (MDB-PA), e nega ambição de ser vice.

Na semana passada, Lula recebeu lideranças do MDB no Palácio do Planalto ‑ Renan Filho, o ministro das Cidades Jader Filho, o líder do partido no Senado Eduardo Braga (AM) e o líder na Câmara Isnaldo Bulhões (AL). Segundo participantes, o presidente mencionou a hipótese de Alckmin disputar o governo de São Paulo e disse buscar alguém com o perfil de José Alencar, seu vice nos dois primeiros mandatos.

Dirigentes da sigla avaliam que, como diretórios das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste resistem a apoiar Lula, o MDB só fecharia com o petista se a vaga de vice fosse destinada a um emedebista. O PSB, por sua vez, defende a manutenção de Alckmin.

Peso político do Pará

A família Barbalho comanda o diretório do MDB no Pará, hoje o maior em número de delegados para a convenção nacional do partido. Dos 43 deputados federais emedebistas, nove são paraenses, fator que elevava Helder à condição de favorito interno até o avanço dos problemas ligados à COP30.

Gargalos na COP30 e investigação

Faltando menos de cem dias para o início do evento, gargalos em infraestrutura e na rede hoteleira preocupam. Em audiência na Câmara, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, afirmou que, enquanto o preço das diárias costuma dobrar ou triplicar em conferências anteriores, em Belém já há relatos de aumentos de até 15 vezes.

O cenário se agravou com a abertura, em março, de inquérito autorizada pelo ministro do STF Flávio Dino contra o deputado federal Antônio Doido (MDP-PA), aliado dos Barbalho, suspeito de desviar recursos de contratos estaduais. Entre eles está a licitação de R$ 142 milhões para obras no Canal do Bengui, listada pelo governo do Pará como parte dos projetos da COP30. A gestão estadual afirma que o certame foi cancelado antes de qualquer pagamento.

Planos de Helder e alternativas no partido

Aliados de Helder dizem que suas prioridades são entregar uma COP30 bem-sucedida e eleger a vice-governadora Hana Ghassan (MDB) ao comando do Estado. Somente se o favoritismo de Hana ficar claro, o governador cogitaria integrar a chapa de Lula.

Outro nome do MDB, Renan Filho, planeja deixar o ministério em abril para ficar à disposição do partido. Hoje, é cotado para disputar o governo de Alagoas; se virar vice de Lula, Isnaldo Bulhões poderia concorrer ao Palácio dos Palmares. Já Simone Tebet, embora não se veja como favorita, ganhou visibilidade ao discursar ao lado de Lula em Rondônia, e interlocutores dizem que sua presença na chapa poderia atrair o voto feminino caso Michelle Bolsonaro seja candidata à Presidência.

Próximos passos

Eduardo Braga ressalta que, apesar de a bancada de 12 senadores tender a apoiar Lula, o alinhamento “não é automático”. Isnaldo Bulhões afirma que a definição do vice dependerá de pesquisas e da composição política mais adequada à campanha de 2026.

Com COP30 às portas e a disputa interna em aberto, o MDB ainda busca consenso sobre qual nome defender para a eventual vaga de vice-presidência.

Com informações de InfoMoney

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