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Alta de preços e selos de alerta reduzem presença de Coca-Cola e Pepsi na América Latina

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Reajustes constantes, inflação e maior atenção à saúde vêm diminuindo a frequência de compra de Coca-Cola e Pepsi nos supermercados latino-americanos. O dado aparece no relatório Brand Footprint América Latina 2025, elaborado pela Worldpanel by Numerator.

Segundo o estudo, os refrigerantes foram a categoria que mais perdeu alcance entre os produtos de consumo rápido (FMCG) no último ano. Na métrica Consumer Reach Points (CRP), que contabiliza quantas vezes um item é escolhido na gôndola, a Coca-Cola recuou 4,7% e a Pepsi, 4,9%.

Marcas locais ganham terreno

A retração das líderes abriu espaço para marcas regionais. No México, onde o consumo anual chega a 270,9 litros de refrigerante por domicílio — quase quatro vezes mais que os 76,6 litros registrados no Brasil e cerca de sete vezes o volume do Reino Unido (114 litros) —, a Red Cola avança sobre o território das multinacionais. Fenômeno semelhante ocorre com Pritty e Cunnington na Argentina, Colombiana na Colômbia e Itubaína no Brasil, esta última com crescimento superior a 50% em CRP, o maior da região.

Impacto da inflação e da saúde

A alta nos preços dos alimentos se consolidou como principal fator de troca para alternativas mais baratas. Como refrigerantes são considerados itens não essenciais, muitas famílias reduziram a compra.

Há também um componente de saúde. Levantamento da Worldpanel indica que 89% dos latino-americanos enxergam bebidas açucaradas de forma negativa, e 38% planejam cortar o consumo nos próximos três meses. A percepção é reforçada pelos selos de alerta obrigatórios em produtos industrializados em Chile, México, Argentina, Colômbia e Brasil, que informam alto teor de açúcar, gordura ou sódio.

Resposta das gigantes

Apesar da perda de alcance, a força das marcas segue elevada: a Coca-Cola continua como a mais escolhida da região, com a Pepsi em terceiro lugar. Para preservar participação, ambas apostam em versões sem açúcar, embalagens menores e garrafas retornáveis, alinhadas à demanda por moderação e sustentabilidade.

O relatório também avaliou eventuais boicotes a marcas associadas aos Estados Unidos após tarifas unilaterais adotadas no governo Donald Trump. Embora o movimento seja mais visível na Escandinávia, na América Latina o preço ainda pesa mais que questões políticas na decisão de compra.

Com informações de InfoMoney

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