Explosão próximo a local de votação eleva tensão durante eleições na Bolívia

Uma explosão registrada na manhã deste domingo (17) nas imediações da escola Carrasco, na cidade de Entre Ríos, departamento de Cochabamba, acentuou o clima de tensão no dia das eleições gerais da Bolívia. O prédio funciona como colégio eleitoral onde o presidente do Senado e candidato à Presidência pela Aliança Popular, Andrónico Rodríguez, deveria votar.

O ministro de Governo, Roberto Ríos, confirmou a ocorrência e informou que equipes policiais foram deslocadas para confirmar a detonação e identificar os responsáveis. “A polícia está trabalhando neste momento para confirmar a detonação de um artefato explosivo”, declarou.

Segurança reforçada

Apesar do incidente, o governo afirmou que o processo eleitoral prossegue sem interrupções na região. Ríos alertou, porém, para possíveis tentativas de desestabilização atribuídas a grupos ligados ao ex-presidente Evo Morales. Segundo o ministro, aliados de Morales teriam montado pontos de vigilância em Entre Ríos sob a alegação de que existiria uma ordem de prisão prestes a ser cumprida — o que, de acordo com o governo, serviria de pretexto para gerar confrontos.

Para prevenir bloqueios e invasões a edifícios públicos após o fechamento das urnas, o Executivo determinou o reforço do policiamento, incluindo controle de acessos e o envio de agentes à paisana.

Números do pleito

Conforme o Tribunal Supremo Eleitoral, 7,9 milhões de bolivianos estão aptos a votar, entre eles cerca de 370 mil residentes no exterior. A população total do país é estimada em 11,3 milhões de habitantes.

Além de escolher o próximo presidente, os eleitores definem a nova composição do Congresso Nacional, em votação considerada crucial para o futuro econômico e institucional da Bolívia após anos de crises políticas e disputas judiciais.

Com informações de InfoMoney