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Empresários e entidades que, nos últimos anos, mantiveram vínculo político com o ex-presidente Jair Bolsonaro passaram a procurar o Palácio do Planalto em busca de saídas para as tarifas de 50% anunciadas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A movimentação envolve principalmente os segmentos de armas, supermercados e agronegócio.
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A Taurus (TASA4), maior fabricante nacional de armas leves, viu suas ações recuarem 7% no dia seguinte ao anúncio das sobretaxas, perda que retirou mais de R$ 33 milhões de seu valor de mercado. Diante do impacto, o CEO global Salesio Nuhs se reuniu com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para defender a “importância estratégica” da companhia, segundo teleconferência realizada com investidores na última semana.
Ao mesmo tempo, a empresa avalia transferir sua linha principal de produção para os Estados Unidos, destino de cerca de 90% da fabricação. Nuhs declarou manter conversas com a embaixada norte-americana, além das equipes do senador JD Vance e do governador Brian Kemp, da Geórgia, onde fica a subsidiária da Taurus. A ideia de mudança para território norte-americano também tem sido incentivada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Supermercados
Representantes do varejo alimentar apresentaram ao governo federal, na semana passada, um plano emergencial que inclui ampliação de crédito para o setor — parte atendida no pacote de socorro divulgado recentemente. O documento foi entregue durante fórum que contou com a presença de Alckmin.
João Galassi, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), viajou a Washington em 2021 para a posse de Donald Trump e, na ocasião, comemorou “promessas de transformação”. Agora, o dirigente articula com a equipe econômica de Lula para reduzir prejuízos provocados pelo tarifaço.
Agronegócio
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) calcula perda potencial de US$ 5,8 bilhões em exportações ao mercado norte-americano. Em nota divulgada no mês passado, a entidade — que na campanha de 2022 recebeu Bolsonaro e Walter Braga Netto em seu encontro anual — criticou a “pauta estéril e marcada por radicalismos ideológicos” que, na avaliação da confederação, dificulta soluções rápidas para a crise.
Com a tendência de prejuízos bilionários e risco de fechamento de mercados, os três setores têm intensificado a interlocução com ministérios, assessores do Planalto e o próprio vice-presidente na tentativa de mitigar os efeitos das novas tarifas.
Com informações de InfoMoney
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