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Analistas reavaliam Raízen após tombo de 16% na bolsa e apontam desafios de alavancagem

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As ações da Raízen (RAIZ4) acumulam queda de 16,13% desde a divulgação dos resultados do primeiro trimestre do ano-safra 2024/25 (1T26), encerrando a última semana como a maior baixa do Ibovespa. Somente na sessão de quinta-feira (14), logo após o balanço, os papéis recuaram 12,50%.

Pressão sobre resultados e alavancagem

A XP Investimentos classificou o trimestre como “desafiador”. Entre os fatores citados estão:

  • aumento da alavancagem, com a relação dívida líquida/Ebitda alcançando 4,5 vezes após substituição de contratos com fornecedores por dívida;
  • ganhos de eficiência operacional considerados pontuais;
  • condições climáticas adversas, que reduziram o volume de moagem e dificultaram a diluição de custos;
  • perdas em estoques no segmento de Distribuição de Combustíveis no Brasil, agravadas por parada de manutenção mais longa que a prevista na Argentina.

No comunicado de resultados, a companhia informou que avalia, em conjunto com os acionistas controladores, um eventual aumento de capital. As discussões estão em fase inicial.

Recomendações e preços-alvo

Bradesco BBI reduziu o preço-alvo de RAIZ4 de R$ 2,80 para R$ 2,00 – ainda um potencial de alta de 92% frente ao último fechamento – e manteve recomendação de compra (outperform). O Ebitda ajustado ficou em R$ 1,9 bilhão, em linha com a projeção do banco, mas abaixo do consenso. A divisão de Mobilidade apresentou margem de R$ 149/m³, acima dos R$ 115–118/m³ observados em concorrentes como Vibra e Ultrapar. Já o Ebitda de Açúcar e Renováveis somou R$ 862 milhões, queda anual de 27%.

BTG Pactual reiterou compra, com preço-alvo de R$ 3, implicando potencial de 188%. O banco destacou que o Ebitda de R$ 1,9 bilhão ficou 6% acima de suas estimativas, mesmo com redução anual de 18%. A instituição vê início de safra de cana mais lento, custos unitários 19% maiores e unidade Argentina em manutenção, mas nota avanços em controle de despesas e menor exposição a riscos de trading. O custo da dívida líquida no trimestre foi de R$ 1,6 bilhão; para o BTG, a empresa precisa acelerar a desalavancagem, possivelmente via captação de capital.

BB Investimentos colocou RAIZ4 em revisão. O banco apontou prejuízo líquido de R$ 1,8 bilhão (14,8% do valor de mercado) e forte elevação da alavancagem, indicando que a estrutura de capital atual não sustenta a expansão em cenários adversos.

UBS BB mantém recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 1,50 (upside de 44%). Para o banco, a companhia apresenta sinais de recuperação após a reestruturação, mas o fluxo de caixa livre negativo de R$ 14 bilhões no trimestre e a necessidade de reduzir endividamento ainda pesam no curto prazo.

Consenso de mercado

Levantamento da LSEG com 11 casas de análise mostra sete recomendações de compra e quatro de manutenção para RAIZ4, com preço-alvo médio de R$ 2,49 – potencial de valorização de 139% em relação ao fechamento de sexta-feira.

Com informações de InfoMoney

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