Ibovespa inicia semana em alta, dólar passa de R$ 5,40 e juros sobem

São Paulo, 18/08/2025 – O Ibovespa abriu a sessão desta segunda-feira em alta e, às 10h21, avançava 0,13 %, aos 136.518 pontos, impulsionado por ações de Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e dos principais bancos.

O movimento ocorre em meio à expectativa por novas negociações para um acordo de paz na guerra da Ucrânia, que reúne hoje em Washington o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus. Investidores também aguardam o simpósio de Jackson Hole, de 21 a 23 de agosto, onde o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deve detalhar a visão sobre a política monetária norte-americana.

Mercado de câmbio

O dólar comercial subia 0,33 % às 9h57, negociado a R$ 5,415. Na primeira parcial da Ptax divulgada pelo Banco Central, a moeda foi cotada a R$ 5,4121 para compra e R$ 5,4127 para venda.

Juros futuros

As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DI) abriram em alta em toda a curva. O contrato para janeiro/2026 marcava 14,89 %, praticamente estável, enquanto o janeiro/2029 avançava para 13,10 %.

Indicadores econômicos

• IBC-Br: o indicador do Banco Central, considerado prévia do PIB, caiu 0,1 % em junho, mas fechou o segundo trimestre com expansão de 0,3 % ante os três meses anteriores.

• IGP-10: calculado pela FGV, subiu 0,16 % em agosto, após recuar 1,65 % em julho; no ano, o índice acumula queda de 1,27 %.

Desempenho de ações

No início dos negócios, os papéis de siderúrgicas e varejistas exibiam ganhos, enquanto Eletrobras e Embraer recuavam.

• Bancos: BBDC4 +1,06 %; ITUB4 +0,35 %; SANB11 +0,78 %

• Vale: VALE3 +0,39 %, a R$ 53,53

• Petrobras: PETR4 +0,33 %, a R$ 36,18

• Siderúrgicas: CSNA3 +2,22 %; GGBR4 +1,66 %; USIM5 +1,75 %

Declarações do governo

Em evento organizado pelo Financial Times e pelo canal Times Brasil CNBC, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as negociações para reduzir a tarifa de 50 % imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros não avançam porque a proposta apresentada por Washington “é constitucionalmente impossível” para o Brasil.

Além disso, Haddad indicou que o comércio bilateral pode recuar ainda mais, mas reiterou a intenção de buscar alternativas para atenuar o impacto das tarifas.

Com a agenda externa carregada e os dados domésticos moderados, analistas avaliam que o mercado seguirá atento à sinalização de política monetária do Federal Reserve em Jackson Hole e às tratativas sobre o conflito no Leste Europeu.

Com informações de InfoMoney