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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou ao jornal norte-americano The Washington Post que não pretende alterar “um milímetro sequer” suas decisões envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apesar das sanções impostas ao magistrado e ao Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A entrevista foi publicada nesta segunda-feira, 18 de agosto de 2025.
“Receberemos a acusação, analisaremos as provas; quem tiver de ser condenado será condenado e quem tiver de ser absolvido será absolvido”, declarou Moraes.
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ToggleCarreira marcada por confrontos
O Washington Post traçou um panorama da trajetória do ministro, lembrando embates com políticos e empresários influentes desde a época em que era promotor em São Paulo. No STF, seus choques envolveram Bolsonaro, o empresário Elon Musk e agora o próprio governo norte-americano.
Na reportagem, Moraes é chamado de “xerife da democracia” por decisões voltadas ao combate a ameaças digitais, verbais e físicas contra o sistema democrático brasileiro. Entre essas medidas estão a suspensão temporária de plataformas de redes sociais — com destaque para o X, antigo Twitter — ação que levou Musk a apelidá-lo de “Darth Vader do Brasil”.
Investigação do 8 de Janeiro
O ministro assumiu o inquérito que apura os atos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente invadiram a sede dos Três Poderes, em Brasília. Segundo Moraes, as apurações já colheram depoimentos de 179 testemunhas e podem levar à condenação de Bolsonaro por suspeita de conspiração para manter-se no poder e planejar a morte de adversários políticos, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio ministro.
Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, nega as acusações e alega perseguição política.
Poder contestado
Para a reportagem, 12 amigos e ex-colegas de Moraes — alguns em condição de anonimato — avaliaram o papel do ministro. A maioria defendeu suas ações como essenciais para proteger a democracia; outros o acusaram de exceder limites e ameaçar a legitimidade do STF.
Imagem: Cristiano Mariz via valor.globo.com
Moraes rejeitou críticas sobre concentração de poder. Disse que mais de 700 de suas decisões foram submetidas a recurso e nenhuma foi revista pelo plenário da Corte. Questionado sobre os impactos pessoais das sanções, reconheceu desconforto, mas declarou que o Brasil enfrenta “forças poderosas” que pretendem destruir a democracia.
Relação com os Estados Unidos
O ministro atribuiu o desgaste entre Brasília e Washington a “narrativas falsas” difundidas, em grande parte, pelo deputado Eduardo Bolsonaro. “O que precisamos fazer, e o que o Brasil está fazendo, é esclarecer as coisas”, afirmou.
Segundo o jornal, o advogado Martin de Luca, representante da Trump Media no Brasil, classificou Moraes como “fora de controle”. Ainda assim, o ministro reiterou que a investigação seguirá “enquanto houver necessidade”.
Com informações de Valor Econômico
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