Tarcísio descarta pensar em 2026 e afirma estar “extremamente focado” na gestão paulista

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta segunda-feira, 18, que não dedica tempo a discutir uma eventual candidatura à Presidência da República em 2026. “Sabe quanto tempo eu perco pensando nisso? Zero”, declarou durante participação no evento Warren Day, organizado pela Warren Investimentos, na capital paulista.

Segundo o governador, a prioridade é cumprir o mandato recebido pelos eleitores paulistas. “Estou extremamente focado no projeto de São Paulo. A população confiou a nós um mandato extraordinário, e o importante é o legado que vamos deixar”, disse.

Projeto nacional

Tarcísio afirmou que prefere discutir um “projeto de País” a tratar de nomes para uma possível candidatura de centro-direita. “O piloto pouco importa; o projeto é que é importante”, argumentou.

Ele acrescentou que pretende “ajudar quem vai vir” no campo da direita em 2026, caso faça um bom trabalho no governo estadual.

Agenda econômica

Ao comentar propostas para a economia, o governador defendeu:

• desvinculação e desindexação de parte do Orçamento;
• revisão de benefícios tributários;
• reforma administrativa baseada em meritocracia;
• expansão de concessões e privatizações.

Tarcísio criticou a política fiscal federal: “Se eu gasto muito, estou comprometendo as próximas gerações. Estamos falando de aumento de imposto, de atacar produtividade e de não crescer”.

“Mística” do Palácio dos Bandeirantes

Questionado sobre a tradição de governadores paulistas se tornarem presidenciáveis, Tarcísio lembrou que o último a chegar ao Palácio do Planalto foi Jânio Quadros, no início dos anos 1960. “Esse negócio de governar Estado não é de Deus, não”, brincou.

Tarifaço

Sobre o aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros — o chamado “tarifaço” —, o governador disse que o Palácio dos Bandeirantes segue estudando medidas para atenuar os impactos nos setores atingidos. “Continuamos tentando falar com alguém, sensibilizar alguém lá nos Estados Unidos. Trabalho de formiguinha”, afirmou.

Ele teme que empresas brasileiras percam mercados relevantes e, consequentemente, empregos. Mesmo assim, declarou-se confiante: “Sou sempre otimista. Acho que vamos conseguir resolver em algum momento”.

Com informações de InfoMoney