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Os rendimentos dos títulos públicos de França dispararam e se aproximaram dos níveis pagos pela Itália, reduzindo o diferencial entre os papéis de 10 anos ao menor patamar desde a crise financeira global. A mudança reflete, ao mesmo tempo, a estabilização do custo de financiamento italiano e a pressão crescente sobre as contas francesas.
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TogglePor que França e Itália passaram a ser comparadas
Historicamente, investidores classificavam a França — segunda maior economia da zona do euro — como emissora de menor risco que a vizinha Itália, cuja dívida elevada e instabilidade política vinham sustentando prêmios mais altos. O cenário começou a mudar com:
- Estabilidade política em Roma: o governo de coalizão liderado por Giorgia Meloni vem mantendo o déficit sob controle e indicou tendência de queda para os próximos anos.
- Deriva fiscal em Paris: gastos robustos com programas sociais, subsídios durante a pandemia e apoios na crise energética elevaram a dívida francesa em cerca de €1 trilhão desde 2019.
- Impasses políticos: o primeiro-ministro François Bayrou trabalha em um pacote de €40 bilhões em cortes e aumentos de impostos, mas não possui maioria parlamentar para aprovar o orçamento.
Outros destaques do dia
EUA sinalizam garantia de segurança à Ucrânia
O presidente norte-americano Donald Trump recebeu o ucraniano Volodymyr Zelenskyy em Washington e afirmou estudar garantias de defesa como parte de um eventual acordo de paz. Em troca, Kiev pretende adquirir US$ 100 bilhões em armas dos EUA, financiadas pela Europa. Trump também cogita uma reunião trilateral com Vladimir Putin.
Tarifas dos EUA aproximam Índia e China
Com tarifas norte-americanas de até 50% sobre exportações indianas, o primeiro-ministro Narendra Modi busca alternativas. A visita de dois dias do chanceler chinês Wang Yi a Nova Délhi indica tentativa de reaproximação após os confrontos de 2020 na fronteira. A Índia avalia flexibilizar restrições a investimentos e tecnologia chineses para aliviar a pressão sobre pequenas e médias empresas exportadoras.
SoftBank injeta US$ 2 bi na Intel
A japonesa SoftBank comprará participação de 2% na Intel, somando US$ 2 bilhões. As ações da fabricante de chips subiram 5% no after-market, enquanto o governo Trump estuda aporte adicional na companhia.
Imagem: ft.com
Soho House volta a ser empresa privada
A rede de clubes londrina Soho House aceitou proposta de US$ 2,7 bilhões da MCR Hotels, uma das maiores operadoras hoteleiras dos EUA. Os minoritários receberão US$ 9 por ação — valor acima do último fechamento, mas aquém dos US$ 14 da abertura de capital em 2021.
O estreitamento entre os rendimentos da dívida francesa e italiana reforça sinais de que antigos rótulos de risco na zona do euro vêm se modificando, enquanto outros fatores geopolíticos e corporativos movimentam o cenário econômico internacional.
Com informações de Financial Times
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