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A cafeína, principal componente psicoativo do café, estimula o sistema nervoso central e provoca sensação de alerta, melhora temporária do humor e aumento da atenção. A avaliação é do psiquiatra Diogo Lara, PhD pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e autor do artigo acadêmico “Cafeína, saúde mental e transtornos psiquiátricos”. Segundo o especialista, a bebida pode ampliar o foco e a percepção de energia, mas também causar agitação e acelerar os batimentos cardíacos.
Conteúdo do Artigo
ToggleEfeitos e limite diário
Para adultos saudáveis, Lara considera segura a ingestão de até 400 mg de cafeína ao dia, o equivalente a cerca de três ou quatro xícaras de café filtrado. Acima desse patamar, aumentam riscos como palpitações, tremores e insônia.
Hábito nacional
Pesquisa realizada entre 2019 e 2023 pelo Instituto Agronômico (IAC), em parceria com o Instituto Axxus e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mostra que 97% dos brasileiros consumiam café diariamente em 2023. O levantamento, com 4.200 participantes de todas as regiões, indica que 46% tomam de três a seis xícaras por dia, enquanto 29% ultrapassam seis xícaras.
Interferência na ansiedade
Para quem vive com transtorno de ansiedade, os efeitos da cafeína podem ser mais intensos. Sintomas como aceleração cardíaca, sudorese, tensão muscular, inquietação e dificuldade para relaxar tendem a se acentuar, explica Lara. Dados do Instituto Ipsos revelam que 53% da população brasileira relatou diagnóstico de ansiedade em 2023, em pesquisa com 1.062 entrevistados.
A cafeína ativa o sistema nervoso simpático — responsável pela resposta de “luta ou fuga” —, potencializando reações já presentes em pessoas ansiosas. Contudo, indivíduos geneticamente menos sensíveis à substância podem não apresentar agravamento dos sintomas.
Recomendações para reduzir impactos
O psiquiatra sugere que pessoas ansiosas limitem o consumo a duas xícaras pequenas por dia ou alternem com café descafeinado. Outras estratégias incluem diminuir o tamanho das porções, diluir a bebida, optar por torras mais escuras (com menor teor de cafeína) ou ingerir o café junto às refeições para retardar a absorção.
Imagem: PublicDomainPictures via valor.globo.com
Chás pretos, verdes, mate e bebidas energéticas também contêm cafeína e podem reproduzir efeitos semelhantes. Já infusões sem cafeína, como camomila e rooibos, são alternativas para manter o ritual da bebida quente sem estimular o sistema nervoso.
Horário influencia efeitos
Ingerir café no final da tarde ou à noite pode prolongar a agitação até a hora de dormir, comprometendo o sono e aumentando a fadiga no dia seguinte. Pela manhã ou no início da tarde, esses impactos tendem a ser menores, afirma Lara.
[Final da notícia]
Com informações de Valor Econômico
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