Agenda desta terça: dados de moradia nos EUA, balanço da Home Depot e discurso de Alckmin

A terça-feira, 19, traz indicadores importantes nos Estados Unidos e eventos políticos no Brasil que podem influenciar os mercados.

EUA: indicadores e balanços

09h30 – sai o número de início de construções residenciais de julho, referência para o setor imobiliário americano.

15h10 – a diretora do Federal Reserve e integrante do Fomc, Michelle W. Bowman, discursa sobre as perspectivas econômicas.

17h30 – o American Petroleum Institute (API) divulga os estoques semanais de petróleo.

No front corporativo, a varejista Home Depot apresenta resultados hoje, enquanto Target e Walmart divulgam seus números na quarta e na quinta, respectivamente. Os relatórios devem oferecer pistas sobre o impacto das tarifas adotadas pelo ex-presidente Donald Trump em empresas e consumidores.

Em política externa, Trump classificou como “muito boa” a reunião que teve na segunda-feira com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e parceiros europeus. Ele disse ter iniciado preparativos para um encontro entre Vladimir Putin e Zelensky após conversar por telefone com o líder russo. Garantias de segurança para a Ucrânia foram tema do encontro, segundo o ex-presidente.

Brasil: agenda mais leve e foco em Alckmin

A agenda doméstica tem poucos dados, mas os agentes acompanham o discurso do vice-presidente Geraldo Alckmin às 13h na 26ª Conferência Anual do Santander.

No dia anterior, o Ibovespa avançou 0,72%, para 137.321,64 pontos, enquanto o dólar subiu 0,68%, a R$ 5,435. Os juros futuros fecharam em alta em toda a curva. Para o Goldman Sachs, a tendência é de dólar global mais fraco, o que favorece moedas de mercados emergentes.

Compromissos do governo

09h00 – o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe no Palácio do Planalto o ministro da Casa Civil, Rui Costa, acompanhado de Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão), Jader Filho (Cidades), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Sidônio Palmeira (Comunicação Social), além do presidente interino do Banco Central, Gabriel Galípolo, e dos presidentes do Banco do Brasil e da Caixa.

15h30 – Lula se reúne com o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência.

16h30 – encontro com Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Paralelamente, Galípolo participa da 62ª reunião do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), em Brasília, das 11h30 às 12h30 e das 14h às 18h.

Outros destaques

• O diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, afirmou que expectativas de inflação desancoradas exigem política monetária restritiva por mais tempo.

• O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse esperar nova queda no comércio bilateral com os EUA após tarifas impostas a produtos brasileiros. Ele informou que o cancelamento de reunião com o secretário do Tesouro norte-americano foi decisão dos EUA.

• O Cecafé pediu que o café brasileiro seja incluído na lista de exceções à tarifa de 50% anunciada por Trump.

• A Febraban recebeu alerta do Banco Central sobre movimentação atípica envolvendo a criptomoeda Tether e orientou bancos a reforçar medidas de segurança.

• O ministro do STF Flávio Dino decidiu que ordens judiciais estrangeiras só valem no Brasil após homologação da Corte, ao tratar de casos como a tragédia de Mariana e sanções da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes.

• O Congresso instala na quarta-feira, 20, às 11h, a CPMI dos descontos fraudulentos no INSS, que será presidida pelo senador Omar Aziz, com relatoria do deputado Ricardo Ayres.

• O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, disse que o Executivo enviará esta semana projeto para regulamentar redes sociais, com previsões de retirada de conteúdos ilegais e proteção a menores.

• Moraes declarou ao Washington Post que não recuará diante das sanções americanas. Já o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro começa em 2 de setembro na Primeira Turma do STF e deve terminar até 12 do mesmo mês.

As agendas podem sofrer alterações ao longo do dia.

Com informações de InfoMoney