Consumo de fast-food cai 6% no Reino Unido e dá lugar a pequenos “mimos” do supermercado

O número de visitas a restaurantes casuais e de fast-food no Reino Unido diminuiu 6% nos três meses encerrados em meados de julho de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado. O dado é do levantamento Worldpanel by Numerator, divulgado nesta terça-feira (27).

Segundo o estudo, embora os consumidores estejam cortando refeições fora de casa, eles continuam buscando recompensas menores dentro do supermercado, especialmente produtos de marcas conhecidas. As vendas de itens de marca cresceram 6,1% em agosto, enquanto as versões de marca própria avançaram 4,1% — a maior diferença favorável às marcas desde março de 2024.

Impacto da inflação

A inflação de preços de alimentos recuou de 5,2% em julho para 5% em agosto, mas o patamar ainda elevado continua a pressionar o orçamento familiar, afirmou Fraser McKevitt, chefe de varejo e análise de consumo da Worldpanel. “O que as pessoas pagam no supermercado costuma influenciar seus gastos em outras partes da rua comercial, incluindo comer e beber fora de casa”, disse.

O relatório aponta que chocolates, carnes frescas e café foram os itens com maiores altas de preço no mês, enquanto champanhe e ração para cães registraram as maiores quedas.

Troca de hábitos

Apesar da queda nas idas a restaurantes, cafeterias fugiram à tendência de baixa. McKevitt observa que os consumidores “ainda buscam pequenos agrados na loja”. A mesma avaliação é compartilhada por Sarah Coles, diretora de finanças pessoais da Hargreaves Lansdown. Para ela, “comer fora é uma das primeiras coisas a ser cortada”, mas ainda há “maneiras mais econômicas de obter a mesma recompensa”, como cafés para viagem ou doces adquiridos no supermercado.

A pesquisa mostra ainda que as marcas lideraram as vendas em categorias como cuidados pessoais, confeitaria, refrigerantes e bebidas quentes, indicando preferência por produtos considerados de melhor qualidade, mas ainda mais baratos que uma refeição fora.

Com informações de BBC News