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Zelensky cobra garantias de segurança de Trump durante encontro com líderes europeus em Washington

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Washington (18.ago.2025) – O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, passou quase três horas na Casa Branca tentando definir até que ponto pode contar com o apoio dos Estados Unidos para um acordo que encerre a guerra contra a Rússia, já em curso há mais de três anos e meio.

Na reunião realizada nesta segunda-feira (18), o presidente norte-americano, Donald Trump, ofereceu garantias ainda genéricas. “Vamos garantir que funcione”, afirmou, referindo-se a um eventual tratado de paz que envolva Zelensky e Vladimir Putin. “Se conseguirmos a paz, vai funcionar. Não tenho dúvidas.”

Armas e drones em negociação

Zelensky revelou após o encontro que as possíveis salvaguardas incluem a compra, via Europa, de US$ 90 bilhões em armamentos fabricados nos EUA, além da aquisição, pelos Estados Unidos, de drones ucranianos. Segundo o líder ucraniano, falta transformar as conversas em um acordo formal.

Oscilações na postura da Casa Branca

O simples fato de Trump falar em garantias representa mudança em relação a declarações anteriores, nas quais o republicano afirmou que a defesa da Ucrânia deveria ficar “exclusivamente” a cargo dos europeus. Nos últimos dias, entretanto, o presidente alternou posições:

  • Na semana passada, ameaçou Putin com “consequências severas” se o líder russo não aceitasse um cessar-fogo imediato, condição exigida por Kiev.
  • Após reunir-se com Putin na sexta-feira (15), no Alasca, passou a defender um pacto abrangente sem trégua prévia, alinhando-se ao Kremlin.
  • No fim de semana, afirmou que Zelensky “poderia encerrar a guerra quase imediatamente” se quisesse.

Reação europeia

Participaram do encontro o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer; o presidente da Finlândia, Alexander Stubb; o presidente da França, Emmanuel Macron; a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni; o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz; e o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte. Todos viram avanço, ainda que sem detalhes concretos. “O senhor dizer que está disposto a participar das garantias de segurança é um grande passo”, elogiou Rutte diante das câmeras.

“Promessa verbal não basta”

A cautela persiste em Kiev. “Eles não estão interessados em ouvir apenas ‘pode contar comigo’”, disse William B. Taylor Jr., ex-embaixador dos EUA na Ucrânia. Para Daniel Fried, ex-embaixador americano na Polônia, um modelo possível seria a Europa comprometer-se com tropas ou equipamentos em território ucraniano, enquanto Washington reforçaria a defesa nos países vizinhos.

Trump tem um histórico de recuos em compromissos internacionais – das ameaças tarifárias à crise em Gaza – o que alimenta a desconfiança. Nesta segunda, ele reconheceu que o conflito que prometera resolver “em 24 horas” é mais complexo do que previa: “Achei que seria um dos mais fáceis; na verdade é um dos mais difíceis”.

Apesar do clima relativamente otimista, a extensão do envolvimento dos Estados Unidos e os termos exatos de qualquer garantia de segurança à Ucrânia continuam indefinidos.

Com informações de InfoMoney

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