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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) e a Polícia Federal passaram a rastrear contratos firmados pela Prefeitura de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, para identificar empresários suspeitos de financiar, com propina, o esquema de corrupção atribuído ao prefeito afastado Marcelo Lima (Podemos). A apuração ocorre na esteira da Operação Estafeta, que resultou na primeira denúncia formal contra o chefe do Executivo e mais nove investigados.
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ToggleDois empresários já denunciados
Entre os acusados estão os empresários Caio Henrique Pereira Fabbri e Edimilson de Deus Carvalho, flagrados com mais de R$ 3 milhões em espécie durante a operação. Para os investigadores, outros fornecedores do município também podem ter participado dos desvios.
Provas encontradas em julho
A primeira denúncia se baseia em materiais recolhidos em julho no apartamento de Paulo Iran Paulino Costa, apontado como operador de propinas. No local, foram apreendidos R$ 14 milhões em dinheiro vivo, anotações de despesas pessoais de Marcelo Lima e de familiares, além de comprovantes de transações financeiras. Mensagens em dois celulares reforçaram o enredo de pagamentos ilícitos.
Operação acelerou apresentação da denúncia
Com investigados presos, o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, apresentou a denúncia rapidamente, entendendo que as provas já reunidas eram suficientes. O material coletado na fase ostensiva da Operação Estafeta — deflagrada na semana passada e responsável pelo afastamento de Lima — ainda está em análise e não foi incluído no processo inicial.
Objetivo: seguir o rastro do dinheiro
Segundo a Procuradoria, o foco agora é reconstituir o caminho do dinheiro desviado e identificar todos os participantes do esquema. Os contratos sob suspeita envolvem áreas como saúde, obras públicas e coleta de lixo, com percentuais de propina mencionados nas conversas interceptadas.
Imagem: Câmara dos Deputados via infomoney.com.br
Pedidos à Justiça
Além da condenação criminal, o MPSP requer ao Tribunal de Justiça de São Paulo a perda dos mandatos de Marcelo Lima e do vereador Danilo Lima, presidente afastado da Câmara Municipal. A Promotoria também solicita a exoneração de servidores ligados à fraude e a devolução de R$ 16,9 milhões aos cofres municipais.
Até a conclusão desta reportagem, as defesas dos investigados não haviam sido localizadas.
Com informações de InfoMoney