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Efeito da Lei Magnitsky derruba ações de bancos e pressiona dólar e juros, diz CEO da AZ Quest

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O mercado financeiro brasileiro opera sob forte tensão após decisões do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a aplicação da Lei Magnitsky. De acordo com Walter Maciel, presidente da gestora AZ Quest, o impacto já afeta de forma expressiva o setor bancário e se estende ao câmbio e aos juros futuros.

“Estamos vendo o mercado derretendo, principalmente o setor financeiro, mas o impacto já se espalha para o dólar e os juros”, afirmou Maciel durante participação no programa Stock Pickers, apresentado por Lucas Collazo.

Insegurança institucional

Para o executivo, a insegurança jurídica criada pelo episódio deixa marcas duradouras. “No futuro a ferida cicatriza, mas a cicatriz permanece. O medo persiste e o mercado fica desconfortável exatamente quando o dólar se desvaloriza frente a outras moedas”, disse.

Reações dos bancos

Segundo Maciel, a possibilidade de sanções previstas na Lei Magnitsky fez com que bancos oferecessem alternativas a autoridades. O Banco do Brasil teria sugerido ao ministro um cartão com a bandeira Elo, enquanto o governo recomendou que ministros passem a usar cooperativas de crédito.

Brasil e o cenário externo

Maciel lembrou que, até recentemente, a pouca relevância internacional do Brasil funcionava como vantagem. “Não representamos ameaça geopolítica a ninguém, e isso ajudava a Bolsa a subir e o real a se valorizar”, comentou.

Mesmo com a combinação de política fiscal expansionista e política monetária contracionista, o executivo avalia que os preços dos ativos não refletem esse equilíbrio. “O Brasil era para estar muito melhor”, resumiu.

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Imagem: infomoney.com.br

Geopolítica e recursos estratégicos

O CEO da AZ Quest enfatizou que o país é estratégico em água, energia limpa e agricultura, mas não tem capacidade para moldar a geopolítica global. Ele avaliou que o Brasil deve manter boas relações com todos os parceiros e demonstrou cautela sobre propostas de criação de moedas alternativas no âmbito dos BRICS.

Em relação aos Estados Unidos, Maciel destacou que decisões estratégicas, mesmo com falhas de comunicação, podem evitar consequências negativas no futuro. “Ouvir e dialogar com opiniões diferentes é onde se prova se você é verdadeiramente libertário”, concluiu, alertando que atrasos em acordos internacionais tendem a afetar diretamente o mercado doméstico.

Com informações de InfoMoney

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