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Suzano eleva preços da celulose para Ásia, Europa e EUA; analistas veem recuperação do mercado

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São Paulo – A Suzano anunciou nova rodada de reajuste na celulose. Para os pedidos de setembro, o preço subirá US$ 20 por tonelada na Ásia, passando a aproximadamente US$ 530/t. Na Europa e na América do Norte, o acréscimo será de US$ 80/t, levando as cotações a US$ 1.080/t e US$ 1.320/t, respectivamente.

Às 10h07 (horário de Brasília), as ações SUZB3 avançavam 1,59%, a R$ 53,13. Os recibos KLBN11 ganhavam 0,56%, a R$ 18,03.

Bradesco BBI aposta em implementação

Para o Bradesco BBI, a demanda robusta de produtores de papel integrados e não integrados sustenta o aumento. O banco avalia que as novas listas de preço devem ser aplicadas e podem atingir US$ 550/t nos próximos meses, apoiadas por sazonalidade mais favorável no fim do 3T25 e início do 4T25, além do alívio nas tensões comerciais após a prorrogação da trégua EUA-China por 90 dias.

Com o valor atual em US$ 530/t, cerca de 6,5 milhões de toneladas — 16% da capacidade global de celulose de fibra curta — estariam abaixo do ponto de equilíbrio de custos, estima o BBI.

O banco mantém recomendação outperform para Suzano, preço-alvo de R$ 75, e vê combinação de custos menores e preços mais altos a partir do 4T25. No setor, Klabin segue como preferência.

Morgan Stanley e XP também veem cenário positivo

O Morgan Stanley calcula que, se o ajuste for confirmado, o preço líquido de BEKP na China em setembro ficará entre US$ 515/t e US$ 535/t. A instituição reforça a visão de que o mercado já tocou o piso e tende a se normalizar no segundo semestre de 2025. Suzano e Klabin permanecem com recomendação overweight e alvo de R$ 84.

Para a XP Investimentos, o anúncio dialoga com a demanda sazonalmente mais forte esperada na China e ajuda a reverter quedas recentes na Europa. Contudo, a corretora lembra que a ampla oferta de madeira doméstica chinesa pode exigir fechamento de capacidade para sustentar novos reajustes — cerca de 15% da produção global de BHKP opera abaixo do custo, segundo a própria Suzano.

Ativa destaca possível impacto nos resultados

A Ativa Investimentos avalia que, caso implementado, o aumento reforça a perspectiva de melhora já no 3T25, apoiado por sinais de recomposição de estoques e demanda mais firme no mercado chinês. Na leitura da casa, a medida ajuda a recuperar margens comprimidas e indica confiança da companhia na retomada global, mesmo diante de volatilidade cambial e incertezas tarifárias.

Com informações de InfoMoney

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