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Produtores de camarão na Índia cogitam abandonar atividade após tarifa de até 50% dos EUA

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Produtores de camarão no Estado de Andhra Pradesh, principal polo da atividade na Índia, avaliam migrar para outros negócios depois que o governo de Donald Trump impôs uma tarifa de 25% sobre o crustáceo indiano e anunciou outra taxa de 25% a partir de 27 de agosto, elevando a cobrança total para 50%.

A Índia é o maior fornecedor de camarão ao mercado norte-americano, atendendo redes como Walmart e Kroger. Em 2024, o país exportou US$ 7,4 bilhões em frutos do mar, sendo o camarão responsável por 40% desse valor.

O impacto já é sentido nas fazendas de água salgada de Andhra Pradesh. Exportadores reduziram em quase 20% o preço pago aos criadores, eliminando margens de lucro. “Penso em trocar para piscicultura”, afirmou V. Srinivas, de 46 anos, que acumula US$ 45,8 mil em dívidas após hipotecar a propriedade da família.

Segundo a Associação de Exportadores de Frutos do Mar da Índia, pedidos de compradores norte-americanos foram suspensos porque nem importadores nem distribuidores aceitam absorver o custo extra. Aproximadamente 300 mil agricultores dependem da criação de camarão no Estado.

“Dificilmente ganhamos 20% a 25% em dias favoráveis; se isso é consumido, não sobra nada”, disse Gopinath Duggineni, dirigente de um sindicato de produtores em Ongole. Parte dos criadores tenta apoio financeiro do governo estadual.

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Imagem: Pixabay via valor.globo.com

Concorrente direto no mercado dos EUA, o Equador paga tarifa de 15%. O presidente da Câmara Nacional de Aquicultura equatoriana, José Antonio Camposano, afirmou que o país pode ocupar espaço caso a Índia reduza embarques, mas novos investimentos estão em compasso de espera até que haja definição sobre um eventual acordo entre Nova Délhi e Washington.

Entre 12 produtores ouvidos pela Reuters em Andhra, seis consideram abandonar o camarão para investir em piscicultura, comércio de vegetais ou outras atividades locais; os demais preferem aguardar o desenrolar das negociações. Cada ciclo de criação leva cerca de dois meses e exige custos elevados de energia, ração e aluguel de terras, além do serviço da dívida.

Com informações de Valor Econômico

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