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Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciaram uma operação de contenção de danos para tentar recompor a unidade do grupo depois da divulgação de mensagens obtidas pela Polícia Federal (PF). O material, que expôs atritos internos, veio à tona às vésperas do julgamento do ex-chefe do Planalto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para começar em 2 de setembro, no processo que investiga uma suposta trama golpista.
Parlamentares e dirigentes próximos a Bolsonaro afirmam que houve “vazamento seletivo” de conversas, especialmente as que envolvem o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o pastor Silas Malafaia, com a intenção de ampliar divisões no campo bolsonarista. Para o grupo, a divulgação teria motivação política e pouca sustentação jurídica.
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TogglePreocupação com rachas e avanço de Tarcísio
O vazamento acontece enquanto partidos do centrão e setores da direita discutem a possibilidade de lançar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), como alternativa para a eleição presidencial de 2026. Integrantes do PL receiam que as desavenças públicas fortaleçam a articulação em torno do paulista.
Nos diálogos revelados, Malafaia chamou Eduardo de “babaca”, o que levou o pastor a gravar novos vídeos minimizando o episódio. Eduardo também telefonou ao líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), aliado de Malafaia, para dizer que a relação continua sólida. Ao comentar o caso em coletiva, Tarcísio classificou a troca de mensagens como “assunto privado de pai para filho”.
Finanças sob escrutínio
Outro ponto de desgaste foi a informação, constante no relatório da PF, de que Bolsonaro recebeu R$ 44,3 milhões em suas contas entre março de 2023 e junho de 2025. Auxiliares admitem que a cifra aumenta a pressão sobre o ex-presidente, mas dizem que as movimentações financeiras serão explicadas durante o processo.
Estrategia para 7 de Setembro
Para reagir, o entorno de Bolsonaro planeja intensificar a convocação de atos em 7 de Setembro. As manifestações estavam previstas antes de o STF marcar o julgamento, mas agora ganham caráter de demonstração de força contra a Corte. Malafaia, um dos organizadores, promete ampliar os chamados nas redes sociais.
Imagem: CRISTIANO MARIZ via valor.globo.com
No Congresso, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou as discussões internas como “fofoca” e acusou o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, de “manipular a opinião pública”. Líderes do PL dizem, em reservado, que divergências são “naturais”, reforçando que a bancada seguirá unida em defesa do ex-presidente, que pode ser condenado a mais de 40 anos de prisão.
Apesar de reconhecerem redução de público em mobilizações recentes, aliados lembram que o último ato superou expectativas “graças às sanções do governo de Donald Trump”, movimento que, segundo eles, ajudou a manter pressão sobre ministros do STF.
Com informações de Valor Econômico
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