Ethereum volta a bater recorde após quatro anos e supera US$ 4,9 mil

A rede Ethereum registrou neste domingo (24) o maior preço de sua moeda digital em quatro anos. O ether (ETH) atingiu US$ 4.937,24 na tarde de hoje, impulsionado pela expansão de aplicações de finanças descentralizadas (DeFi) e pela entrada de recursos de investidores tradicionais por meio de fundos negociados em bolsa (ETFs).

Movimento de alta

A valorização ocorre em um fim de semana considerado histórico para o mercado de criptomoedas. Além do maior interesse em DeFi, o alívio nas expectativas para cortes de juros pelo Federal Reserve em setembro contribuiu para o avanço. O novo patamar chega três semanas após a rede completar dez anos, comemorados em 30 de julho com eventos globais.

Custos menores e entrada de ETFs

Apesar de ter liderado inovações como empréstimos peer-to-peer, stablecoins, tokens não fungíveis (NFTs) e até projetos de moedas digitais soberanas, caso do brasileiro Drex, o Ethereum perdeu espaço nos últimos anos por taxas elevadas, processamento lento e consumo de energia. O problema de emissões de carbono foi solucionado há dois anos, quando a validação por mineradores foi substituída por outro método. Já as tarifas de transação começaram a cair em maio, após a última atualização de software, o que aumentou a atividade na rede.

Com os custos menores, ETFs ligados ao Ethereum passaram a atrair investidores que preferem não operar diretamente em plataformas de criptoativos. Desde 5 de agosto, esses fundos captaram mais de US$ 3,4 bilhões, segundo a consultoria Farside. No mesmo intervalo, ETFs de bitcoin registraram saídas de US$ 31 milhões.

Desempenho comparativo

Nos últimos três meses, o ether acumula alta de 94,25%, contra 5,44% de valorização do bitcoin. No acumulado de 2025, os ganhos são de 57,57% para o Ethereum e 22,74% para a principal criptomoeda do mercado.

Com informações de Valor Econômico