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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou novos ataques contra a Coreia do Sul nesta segunda-feira (25), poucas horas antes de sua primeira reunião com o presidente sul-coreano, Lee Jae-myung. Em postagem na própria rede social, Trump afirmou, sem apresentar provas, que “parece haver um expurgo ou revolução na Coreia do Sul” e acrescentou que Washington “não pode permitir isso nem fazer negócios lá”.
As declarações aumentaram a tensão em torno do encontro, considerado crucial por Lee. O líder sul-coreano assumiu o cargo em junho, depois de uma eleição antecipada convocada pela destituição do ex-presidente conservador Yoon Suk Yeol, removido em dezembro após tentar impor lei marcial no país.
Aliada histórica dos Estados Unidos, a Coreia do Sul depende da presença de tropas norte-americanas e do guarda-chuva nuclear de Washington para sua segurança. Ao mesmo tempo, o governo de Lee tenta manter relações comerciais estáveis com a China, principal parceiro econômico de Seul.
A origem exata das críticas de Trump não foi esclarecida. No entanto, há meses apoiadores de Yoon solicitam que o ex-chefe da Casa Branca intervenha no que consideram uma perseguição “comunista” ao ex-presidente, atualmente julgado por incitação à insurreição. A ex-primeira-dama também enfrenta possível acusação formal por corrupção e suborno.
Em resposta às declarações de Trump, o ministro da Justiça sul-coreano, Jung Sung-ho, afirmou que o presidente norte-americano e outras autoridades em Washington receberam “informações distorcidas” sobre a situação política no país.
Imagem: Al Drago via valor.globo.com
Diferenças sobre gastos militares e comércio vêm testando a aliança de décadas entre Washington e Seul. Ao longo de seu mandato, Trump já classificou a Coreia do Sul como uma “máquina de fazer dinheiro” que se aproveita da proteção militar fornecida pelos Estados Unidos.
Com informações de Valor Econômico