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São Paulo – O ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 25 de março, que investidores internacionais têm dificuldade para compreender o novo arcabouço fiscal elaborado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Durante participação no Seminário Brasil 2025, promovido pelo Grupo Esfera Brasil na capital paulista, Campos Neto declarou que, na prática, “grandes investidores não estão olhando o que está ou não dentro do arcabouço; eles observam como ficará a trajetória da dívida nos próximos anos”.
Segundo o ex-banqueiro central, esses agentes buscam sinais de menor déficit nominal para que seja possível gerar superávit primário e estabilizar o endividamento. “Eu preciso ter um juro de ao menos 7% a 8%”, relatou, reproduzindo o raciocínio dos investidores.
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ToggleCrítica ao tamanho do Estado
Campos Neto também apontou o peso da máquina pública federal como entrave. De acordo com ele, trata-se de “um governo maior que não entrega serviços compatíveis” com seu tamanho. “O ritmo de gasto é muito maior que o de outros países e, cada vez mais, vai custar mais recursos”, afirmou.
Para o ex-presidente do BC, é necessário “repensar esse modelo” porque a crença de que um Estado ampliado seria eficiente e impulsionaria o crescimento “não deu certo”. Ele defendeu um “choque fiscal positivo” a ser construído em conjunto por Executivo, Congresso e Judiciário, lembrando que decisões podem ser judicializadas.
Imagem: Adriano Machado via infomoney.com.br
Expectativa para a Selic
Campos Neto avaliou ainda que, nas condições atuais, a taxa básica de juros pode não cair abaixo de 11% ou 12% ao ano.
O seminário reuniu empresários, investidores e autoridades para discutir perspectivas econômicas para o próximo ano.
Com informações de InfoMoney
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