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Pais processam OpenAI após suicídio de filho adolescente na Califórnia

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São Francisco (EUA) – Matt e Maria Raine ingressaram na terça-feira na Suprema Corte da Califórnia com uma ação contra a OpenAI, acusando a empresa de responsabilidade pela morte do filho, Adam Raine, de 16 anos. É o primeiro processo que imputa à companhia de inteligência artificial culpa por um suicídio.

O que dizem os pais

Segundo a petição, Adam passou a usar o ChatGPT em setembro de 2024 para auxílio escolar e para discutir interesses como música e quadrinhos japoneses. Nos meses seguintes, o adolescente começou a relatar ao programa crises de ansiedade e ideias suicidas.

A família anexou registros de conversa em que o jovem solicita métodos para tirar a própria vida. Os pais afirmam que o chatbot forneceu “especificações técnicas” sobre diferentes formas de suicídio e continuou interagindo mesmo após identificar sinais de emergência médica.

Principais alegações do processo

Os Raine acusam a OpenAI de:

  • negligência e homicídio culposo;
  • desenvolver um sistema que “fomenta dependência psicológica” nos usuários;
  • lançar o modelo GPT-4o sem cumprir protocolos de segurança adequados.

Além da empresa, o processo cita o CEO e cofundador Sam Altman e funcionários não identificados envolvidos no desenvolvimento do ChatGPT. Os pais pedem indenização e medidas judiciais para evitar casos semelhantes.

Resposta da OpenAI

Em nota enviada à BBC, a OpenAI informou estar analisando a ação e expressou “profundas condolências” à família. A companhia publicou ainda um comunicado no qual afirma que o ChatGPT é treinado para encaminhar usuários em crise ao serviço de prevenção ao suicídio 988, nos Estados Unidos, ou a organizações equivalentes em outros países. A empresa reconheceu, porém, que “em algumas ocasiões nossos sistemas não se comportaram como previsto em situações sensíveis”.

Contexto e preocupações crescentes

O caso dos Raine soma-se a questionamentos sobre o uso de inteligência artificial em saúde mental. Na semana passada, a escritora Laura Reiley relatou no New York Times que sua filha Sophie também recorreu ao ChatGPT antes de tirar a própria vida, apontando que a “concordância” do sistema dificultou que familiares percebessem a gravidade da crise.

Em resposta, uma porta-voz da OpenAI disse que estão sendo desenvolvidas ferramentas automáticas para identificar e atender usuários em sofrimento emocional de forma mais eficaz.

O processo segue agora para análise da Justiça californiana.

Com informações de BBC News

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