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Imagine abrir o app do banco com R$100 e ter que decidir entre CDB e Tesouro — e descobrir que essa escolha pode mudar seu humor no fim do mês. CDB vs Tesouro aparece como dúvida clássica para quem começa a investir: liquidez, imposto, histórico de retorno e a pergunta direta — qual rende mais quando você só tem cem reais? Vou te mostrar, com dados, exemplos curtos e opinião direta, o que costuma ser melhor para quem está dando os primeiros passos.
Conteúdo do Artigo
TogglePor que R$100 Expõe Diferenças que R$10.000 Disfarçam
Com pouco dinheiro, custos fixos e prazos viram protagonistas. Uma taxa de custódia, um imposto ou uma carência de 30 dias no resgate pode transformar um bom rendimento teórico em quase nada na prática. Para R$100, a liquidez imediata e a simplicidade são mais importantes que ganhos marginais de 0,1% ao ano. Pequenas diferenças percentuais pesam menos que taxas mínimas, saldo mínimo de plataforma ou a necessidade de esperar dias para resgatar.
O Mecanismo que Ninguém Explica Direito sobre Tributação
Tributação parece abstrata, mas é concreto: CDB e títulos do Tesouro são tributados pelo mesmo IR regressivo (22,5% a 15% dependendo do prazo). A diferença maior está em custos extras: Tesouro Direto tem taxa de custódia da B3 (0,25% a.a.) e as corretoras podem isentar; CDB não tem essa cobrança, mas o banco pode oferecer rentabilidades menores. Segundo dados do Banco Central, a transparência das taxas impacta a decisão de pequenos investidores.

Quem Ganha em Liquidez: CDB ou Tesouro?
Liquidez é a primeira variável prática. Muitos CDBs oferecem liquidez diária, mas isso costuma vir com rentabilidade menor. Tesouro Selic, por outro lado, permite venda a qualquer dia útil, porém pode haver diferença de preço em momentos de alta de juros — e o resgate costuma cair em D+1. Exemplo rápido: com R$100, a diferença entre sacar hoje e esperar mês pode ser alguns centavos, mas psicológicamente esses centavos importam quando você está testando o mercado.
A Rentabilidade Histórica em Poucas Linhas (e o que Ela Realmente Diz)
Historicamente, Tesouro Direto (Selic e pré-fixados) tende a acompanhar a taxa básica e entregar estabilidade, enquanto CDBs variam conforme o banco e a estratégia de captação. Bancos grandes costumam pagar menos; bancos médios pagam mais, porém com risco de crédito levemente maior. Em 2010–2020, CDBs competitivos superaram Tesouro em momentos de queda de juros, mas para quem busca segurança e previsibilidade com R$100, Tesouro Selic frequentemente é a escolha mais estável.
Comparação Prática: Cenário com R$100 — Números Simples
Vamos traduzir em números: suponha CDB a 100% do CDI vs Tesouro Selic — ambos tributados igualmente. Em um ano hipotético com CDI = Selic = 10%:
| Produto | Rendimento bruto | Imposto (exemplo 17,5%) | Rendimento líquido aproximado |
|---|---|---|---|
| CDB 100% do CDI | R$10,00 | R$1,75 | R$8,25 |
| Tesouro Selic | R$10,00 | R$1,75 | R$8,25 |
Na prática, o que muda é a taxa de custódia, a oferta do banco e a liquidez. Se o CDB oferecer liquidez diária, pode ser mais prático; se o banco pagar 95% do CDI, o Tesouro Selic costuma vencer em previsibilidade.
Erros Comuns que Iniciantes Cometem (e como Evitá-los)
Lista curta para salvar seu dinheiro e sono:
- Escolher CDB apenas pela promessa de rentabilidade sem checar prazo e liquidez.
- Ignorar a taxa de custódia do Tesouro Direto ou as taxas da corretora.
- Colocar R$100 em CDB de banco muito pequeno sem entender risco de crédito.
- Assumir que “renda fixa” é sinônimo de zero volatilidade — preços de títulos pré podem flutuar.
Mini-história: R$100 que Virou Hábito
Ela começou com R$100 no Tesouro Selic porque tinha medo de perder dinheiro. Dois meses depois, transferiu R$100 mensais para um CDB com liquidez diária e 95% do CDI para emergência. Um ano depois, o saldo não era grande, mas a vitória foi maior: ela aprendeu a automatizar, comparar taxas e não confundir “rendimentos altos” com “boa escolha”. O melhor investimento foi o hábito e a informação, não o número exato no extrato.
Para quem quer ver números e notas oficiais sobre Tesouro Direto, o próprio site do Tesouro Direto é leitura essencial. Esses dois pontos de autoridade ajudam a validar o que você lê em apps e redes sociais.
Decisão Final: Qual Rende Mais para Iniciantes com R$100?
Minha opinião direta: para a grande maioria dos iniciantes com R$100, Tesouro Selic costuma ser a melhor escolha — por previsibilidade, segurança e facilidade de resgate, especialmente se você não quer se preocupar com prazos ou selecionar bancos. Se você encontra um CDB com liquidez diária e rendimento claramente acima (ex.: 100%+ do CDI) e a instituição for confiável, o CDB pode vencer. Mas para começar com menos risco operacional e menos fricção, Tesouro Selic leva vantagem.
Agora é com você: escolha pensando em hábito, custos e liquidez — o resto vem com o tempo.
Posso Resgatar R$100 do Tesouro Direto a Qualquer Momento?
Sim, você pode vender títulos do Tesouro Direto em dias úteis, mas o valor recebido depende do preço naquele momento — títulos pré-fixados e indexados à inflação podem ter variação. Tesouro Selic é o mais próximo da liquidez instantânea, com menor risco de perda ao vender. Ainda assim, há prazos operacionais (normalmente D+1 para crédito na conta), então não espere dinheiro na hora exata do clique. Planeje resgates para emergências com essa janela em mente.
Um CDB com Liquidez Diária é Sempre Melhor que Tesouro Selic?
Não necessariamente. Liquidez diária é conveniente, mas a rentabilidade do CDB importa. Muitos CDBs com liquidez diária pagam menos que CDBs com prazo e, às vezes, menos que Tesouro Selic líquido de custos. Além disso, há diferença de risco de crédito entre bancos; enquanto o Tesouro tem garantia soberana, CDBs contam com o FGC até R$250 mil por instituição. Compare taxa, liquidez e segurança antes de decidir.
Como a Taxa de Custódia da B3 Afeta Quem Investe R$100?
A taxa de custódia da B3 é de 0,25% ao ano sobre o valor investido em Tesouro Direto; para R$100, no curto prazo, esse custo é ínfimo, mas ao longo de anos reduz a rentabilidade líquida. Muitos bancos e corretoras isentam essa taxa ou a absorvem; verifique antes de investir. Para aportes pequenos, o impacto percentual pode ser notado quando se trata de economias para curto prazo, por isso é importante buscar plataformas com custos baixos.
Existe Risco de Perder os R$100 Aplicando em CDB?
Risco direto de calote existe, embora seja baixo para bancos sólidos. O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) protege até R$250 mil por CPF por instituição, o que cobre seus R$100. O risco real para R$100 é mais operacional: taxas, prazos e erros de escolha que corroem o rendimento. Se escolher CDBs de bancos desconhecidos, pesquise solvência e histórico. Para iniciantes, começar com instituições confiáveis é mais seguro.
Devo Priorizar Rentabilidade ou Liquidez com R$100?
Priorize liquidez e simplicidade ao começar. Com R$100, a diferença entre 0,5% e 1% ao ano é pequena em valor absoluto; já a falta de liquidez ou taxas inesperadas pode impedir o acesso ao dinheiro quando você precisa. Crie o hábito de investir, entenda taxas e depois otimize rentabilidade — quando os aportes aumentarem, as percentagens passam a importar muito mais.



