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Ações do Banco do Brasil recuam 2,2% após instituição acionar AGU contra fake news

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As ações do Banco do Brasil (BBAS3) encerraram o pregão desta segunda-feira em queda de 2,2%, cotadas a R$ 20,05, em meio à repercussão de notícias falsas sobre o posicionamento da instituição diante da Lei Global Magnitsky e à reação do banco, que acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para conter a desinformação.

Pedido de providências

Em ofício encaminhado à AGU na última sexta-feira (23), o Banco do Brasil listou publicações consideradas “inverídicas e maliciosas” em sites e redes sociais e solicitou que sejam adotadas medidas judiciais com urgência. O documento, ao qual a Reuters teve acesso, afirma que o nome da instituição foi associado a conteúdos que “propagam a desordem financeira” no país.

Segundo o banco, desde 19 de agosto de 2025 circularam postagens que atribuíram ao BB um suposto posicionamento de descumprimento das sanções impostas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, por meio do Office of Foreign Assets Control (OFAC), com base na Lei Magnitsky.

Reação do mercado

Os rumores já haviam provocado forte recuo de 6% nos papéis do BB em 19 de agosto, movimento amplificado pela decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que leis e decisões estrangeiras só se aplicam a brasileiros no território nacional após homologação do próprio Supremo. Investidores interpretaram a decisão como referência indireta à Lei Magnitsky, recentemente usada pelos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes.

Para a Genial Investimentos, o episódio elevou a aversão a risco no setor bancário ao expor possíveis consequências de sanções internacionais. Em relatório, os analistas Eduardo Nishio e Nina Mirazon destacaram que o cenário gera preocupação adicional para as instituições financeiras brasileiras.

Posicionamento do banco

Em nota, o Banco do Brasil reiterou que opera em total conformidade com a legislação brasileira, com as normas dos mais de 20 países onde mantém operações e com padrões internacionais do sistema financeiro. A instituição acrescentou que clientes procuraram esclarecimentos após a disseminação das fake news e reforçou que tomará “todas as medidas legais cabíveis” para proteger sua reputação.

O banco também citou o artigo 3º da Lei 7.492/1986, que prevê pena de reclusão de dois a seis anos, além de multa, para quem divulgar informações falsas ou incompletas sobre instituições financeiras.

Fatores adicionais de pressão

Além dos ruídos envolvendo a Lei Magnitsky, as ações do BB vêm enfrentando pressão desde a divulgação do balanço do segundo trimestre, que mostrou aumento da inadimplência no segmento do agronegócio e desempenho considerado fraco pelo mercado.

Procurada, a AGU ainda não se manifestou sobre o pedido do Banco do Brasil.

Com informações de InfoMoney

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