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São Paulo, 14 ago — BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) divulgaram nesta quinta-feira (14) os resultados do segundo trimestre enquanto aguardam a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a combinação de negócios. Às 11h26, os papéis BRFS3 avançavam 3,87%, a R$ 19,60, e MRFG3 ganhava 2,84%, a R$ 22,09.
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ToggleResultados do trimestre
A Marfrig reportou lucro líquido atribuível aos controladores de R$ 85 milhões, alta de 13% em relação a igual período de 2023. Já a BRF registrou ganho de R$ 735 milhões, queda de 33% na comparação anual.
Segundo o Goldman Sachs, ambas entregaram um “bom conjunto de resultados”, sustentado pelo ciclo favorável do frango, apesar dos efeitos pontuais da gripe aviária no Brasil. O banco manteve recomendação de compra para Marfrig, com preço-alvo de R$ 26,50, e reiterou posição neutra para BRF.
Visões de corretoras e bancos
A Monte Bravo considerou os números em linha com suas projeções: o frango sustentou desempenho, enquanto o ciclo do gado nos Estados Unidos permaneceu desafiador. A casa avalia que a relação de troca da fusão é pouco atrativa para acionistas da BRF e sugere o exercício do direito de recesso a R$ 19,89 por ação ou a venda de BRFS3 para compra direta de MRFG3.
Para a XP, o resultado da BRF superou expectativas mesmo com restrições impostas por China e União Europeia às exportações brasileiras de frango. A companhia apurou receita líquida de R$ 15,365 bilhões e EBITDA ajustado de R$ 2,5 bilhões, retração anual de 5% mas 8% acima do estimado pela corretora.
O Itaú BBA destacou que a participação de alimentos processados ajudou a proteger as margens domésticas da BRF, enquanto a divisão internacional registrou margem EBITDA ajustada de 17,3%, em linha com as projeções. Para o banco, o debate passa a girar em torno da estratégia da empresa resultante, incluindo sinergias, alavancagem e possível listagem nos Estados Unidos.
Imagem: infomoney.com.br
Sobre a Marfrig, a XP apontou receita líquida de R$ 22,509 bilhões e EBITDA ajustado de R$ 553 milhões na operação stand-alone, 3% e 7% acima do previsto, respectivamente. Incluindo BRF, o EBITDA atingiu R$ 3,053 bilhões. O desempenho foi impulsionado por margens melhores na National Beef, que operou em breakeven enquanto concorrentes registraram números negativos.
A operação sul-americana da Marfrig também avançou, beneficiada pela produção de processados e por maior verticalização: aproximadamente 25% do gado abatido veio de confinamentos próprios. O BBA manteve recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 19, citando possível pressão na estrutura de capital com dividendos e pagamento de recesso.
Próximos passos da fusão
A assembleia de acionistas já aprovou a incorporação e a próxima votação antitruste está agendada para 20 de agosto. Caso o Cade dê sinal verde, analistas veem redução de incertezas e foco em temas como crescimento, sinergias, política de dividendos e recompra de ações da nova companhia.
Com informações de InfoMoney
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