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Alfredo Gaspar assume relatoria da CPMI do INSS e promete investigação sem “protegidos nem perseguidos”

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a apurar fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciou os trabalhos na manhã desta terça-feira (data do dia da reunião), com a aprovação do plano de trabalho e de requerimentos. O relator escolhido é o deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), empossado em seu primeiro mandato na Câmara e declarado “de direita com muito orgulho”.

Plano de investigação

Gaspar apresentou um roteiro que abrange irregularidades a partir de 2015, último ano do segundo governo Dilma Rousseff. Apesar de objeções da base governista, o documento foi aprovado. Pelo cronograma, serão ouvidos ex-ministros da Previdência e presidentes do INSS dos governos Dilma 2, Temer, Bolsonaro e Lula 3.

Em acordo fechado com parlamentares aliados ao Palácio do Planalto, ficou definido que o sindicalista José Ferreira da Silva, o Frei Chico – irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva –, não será convocado. Além disso, requerimentos só poderão ser votados em bloco quando houver consenso entre base e oposição.

Posicionamento do relator

Ao assumir a função, o deputado afirmou que “não haverá flecha apontada para ninguém” e que divergências ideológicas não interferirão na apuração. “No meu relatório não haverá protegidos, nem perseguidos”, declarou.

Mesmo defendendo uma condução técnica, o parlamentar já associa publicamente o Partido dos Trabalhadores a desvios no INSS. Na semana anterior à instalação da CPMI, escreveu em rede social que “o governo do PT foi o grande responsável por desviar mais de R$ 6 bilhões”.

Trajetória profissional

Advogado formado em 1993, Gaspar ingressou no Ministério Público de Alagoas em 1996, onde permaneceu por 24 anos. Foi procurador-geral de Justiça do estado entre 2016 e 2020, quando deixou o cargo para disputar a Prefeitura de Maceió. Também chefiou a Secretaria de Segurança Pública alagoana em 2015-2016 e 2021-2022, além de presidir o Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC).

No MP, ganhou projeção ao atuar no caso do assassinato da deputada Ceci Cunha em 1998 e na investigação de 73 homicídios de moradores de rua registrados entre 2010 e 2012 na capital alagoana.

Carreira política

Na eleição de 2022, foi o segundo deputado federal mais votado de Alagoas, com 102.039 votos, atrás apenas de Arthur Lira (PP). Dois anos antes, disputou a prefeitura da capital contra JHC (PSB) e terminou o pleito em segundo lugar, com 41,36% dos votos válidos.

Na Câmara, integra a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e relatou em abril deste ano o pedido para suspender processo penal no Supremo Tribunal Federal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Gaspar, 55 anos, costuma criticar publicamente o governo Lula em temas econômicos, como cortes no Bolsa Família, aumento do IOF e reajuste de tarifas de energia. Também endossa críticas ao Supremo Tribunal Federal e ao ministro Alexandre de Moraes.

Com a relatoria da CPMI, o deputado afirma que conduzirá uma investigação “técnica, transparente e focada no povo brasileiro”.

Com informações de InfoMoney

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