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A Apex Capital acredita que a Bolsa brasileira pode iniciar um rali expressivo se houver alternância de poder no país. Segundo os sócios Fábio Spínola e Paulo Weikert, o fim do atual ciclo político abriria espaço para uma recuperação de confiança que, combinada à queda estrutural dos juros, poderia levar o Ibovespa a subir entre 60% e 70%.
O gestor Fábio Spínola afirmou que o índice hoje opera um desvio-padrão abaixo da média dos últimos 20 anos. Apenas o retorno ao nível médio, sem crescimento de lucros, já sugeriria ganho próximo de 30%. “Se o apetite ao risco voltar, a curva não deve parar na média, mas buscar o desvio-padrão superior”, disse.
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ToggleMenor participação histórica em ações
Dados monitorados pela Apex mostram a menor alocação em Bolsa já registrada entre investidores brasileiros, de famílias atendidas por private banks a fundações e fundos de pensão. O movimento de retirada foi acompanhado pela migração de recursos para títulos públicos incentivados e fundos de crédito privado com liquidez diária.
Nesse ambiente, as próprias companhias tornaram-se o principal comprador marginal de ações, via programas de recompra e distribuição de dividendos. “Quando a empresa recompra, está sinalizando que o papel está barato”, ressaltou Spínola.
Juros reais elevados ainda pesam
Embora reconheça a atratividade dos juros reais de 7,5% na parte longa da curva, a gestora argumenta que a duração dos papéis de renda fixa é mais curta do que a das ações. “Quando o mercado recuperar o apetite por risco, a Bolsa tende a andar mais do que esses títulos”, avaliou o executivo.
Fator fiscal e capital estrangeiro
Para a Apex, um sinal claro de compromisso fiscal já seria suficiente para destravar investimentos, mesmo sem solução definitiva para as contas públicas. A casa avalia que investidores internacionais reduziram posições no Brasil após críticas do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas poderiam voltar caso o país corte juros de forma consistente e avance em responsabilidade fiscal.
Imagem: infomoney.com.br
Estratégia de portfólio
Apesar das incertezas, a gestora mantém participação relevante em ações nos fundos com mandato mais flexível, utilizando opções para proteção. Entre os papéis preferidos estão construtoras focadas em baixa renda, como Direcional (DIRR3) e Cury (CURY3), além de nomes consolidados como Itaú (ITUB4), BTG Pactual (BPAC11) e Embraer (EMBR3). A fabricante de aeronaves saltou de R$ 20 para R$ 78 nos últimos dois anos, impulsionada por expansão de lucros e reavaliação de múltiplos.
Spínola reforçou a importância da seleção de setores mais resilientes em períodos de volatilidade. “É preciso estar em empresas que ofereçam relação risco-retorno favorável”, concluiu.
Com informações de InfoMoney
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