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A Austrália ordenou nesta terça-feira (26) a expulsão do embaixador iraniano Ahmad Sadeghi e de outros três diplomatas, concedendo prazo de sete dias para deixarem o país. A decisão foi anunciada pelo primeiro-ministro Anthony Albanese, que atribuiu ao Irã a direção de dois ataques antissemitas ocorridos em 2024 em Sydney e Melbourne.
Segundo Albanese, a Organização Australiana de Inteligência de Segurança (ASIO) reuniu “informações confiáveis” de que Teerã coordenou a tentativa de incêndio a um restaurante kosher em Sydney e o ataque à Sinagoga Adass Israel, em Melbourne. “Foram atos de agressão extraordinários e perigosos orquestrados por uma nação estrangeira em solo australiano”, declarou.
Os ataques não deixaram mortos, mas dois homens ficaram feridos no incidente contra a sinagoga, construída nos anos 1960 por sobreviventes do Holocausto no subúrbio de Ripponlea. A Polícia de Victoria apreendeu dispositivos eletrônicos na casa de um suspeito, que deve comparecer ao tribunal nesta quarta-feira (27).
A chancelaria iraniana negou envolvimento nos episódios e afirmou que tomará “medidas apropriadas” em resposta. O ministério também sustentou que o antissemitismo “não faz parte da cultura iraniana”.
Paralelamente à expulsão, o governo de Camberra anunciou a suspensão temporária das atividades de sua embaixada em Teerã. Todos os diplomatas australianos foram transferidos para um terceiro país. Albanese informou ainda que o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) será incluído na lista de organizações terroristas da Austrália.
De acordo com a ministra das Relações Exteriores, Penny Wong, esta é a primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial que o país expulsa um chefe de missão diplomática. Cerca de 90 mil iranianos vivem atualmente em território australiano.
Imagem: valor.globo.com
Os incidentes ocorreram em meio ao aumento de crimes de ódio ligados à guerra entre Israel e o Hamas, deflagrada em outubro de 2023. Desde então, residências, escolas, sinagogas e veículos foram alvos de vandalismo, enquanto casos de islamofobia também cresceram.
As relações entre Camberra e Tel Aviv atravessam fase delicada. Em 11 de agosto, o governo trabalhista reconheceu oficialmente o Estado palestino, decisão que ocorreu após manifestações de milhares de pessoas em Sydney pedindo paz e ajuda humanitária para Gaza.
Com informações de Valor Econômico
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