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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (25) que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de envolvimento na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro, é “imperativo” para o país, apesar do ambiente político tenso.
A declaração foi dada durante a cerimônia de entrega da Medalha Raymundo Faoro, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal, onde o magistrado foi homenageado por sua trajetória em defesa da democracia e dos direitos fundamentais.
“O Brasil precisa encerrar o ciclo em que se considerava possível, legítimo e aceitável romper a legalidade constitucional por não gostar do resultado eleitoral”, afirmou Barroso ao justificar a necessidade de julgamento.
Início do julgamento
O STF marcou para 2 de setembro o início do julgamento do chamado núcleo 1 da suposta trama golpista, grupo no qual Bolsonaro está incluído. O caso será analisado pela Primeira Turma da Corte, composta por cinco dos 11 ministros: Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
Barroso destacou que, como presidente do STF, não participa da Primeira Turma nem interfere na condução do processo. “Se houver prova, o resultado será um; se não houver, será outro, com o devido processo legal”, declarou.

Imagem: valor.globo.com
Clima de tensão
O ministro reconheceu que a análise do caso provoca apreensão, já que Bolsonaro obteve 49% dos votos válidos na última eleição presidencial e mantém considerável base de apoio. Ainda assim, insistiu que o julgamento é indispensável para reforçar o respeito à ordem constitucional.
Com informações de Valor Econômico


