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O bitcoin (BTC) e o ether (ETH) ampliaram as perdas no início da manhã desta quarta-feira (20) em meio à maior cautela com ações de tecnologia e à expectativa pelo simpósio de política monetária do Federal Reserve, que começa na quinta-feira em Jackson Hole, Wyoming.
O receio de novas tarifas de importação nos Estados Unidos, o aumento do escrutínio regulatório sobre empresas ligadas à família Trump e resultados abaixo do esperado no setor de inteligência artificial reduziram o apetite por risco nos mercados globais.
Maior criptomoeda do mercado, o bitcoin chegou a ser negociado a US$ 112.647, menor preço em duas semanas. O ether tocou US$ 4.074, nível mais baixo desde 8 de agosto.
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ToggleSaídas de recursos em ETFs
Na terça-feira (19), fundos de índice (ETFs) de bitcoin à vista registraram resgates líquidos de US$ 523 milhões, terceiro dia consecutivo de saídas, segundo a Farside. Os ETFs de ether à vista também tiveram retiradas líquidas pelo terceiro dia seguido, somando US$ 429 milhões.
Para Guilherme Prado, country manager da Bitget, o movimento reflete a tensão crescente no mercado e pode sinalizar uma reversão da tendência de alta observada no início de agosto. Ele observa que o delta skew das opções de 30 dias alcançou 12%, maior leitura em quatro meses, indicando maior procura por proteção contra quedas.
Cotações no fim da manhã
Por volta das 10h15 (horário de Brasília), o bitcoin recuava 1,8% em 24 horas, a US$ 113.513, de acordo com o CoinGecko. Em reais, a queda era de 1,86%, para R$ 621.416, segundo o Cointrader Monitor. O ether operava em baixa de 2,8%, a US$ 4.196.
Imagem: Kanchanara via valor.globo.com
O valor de mercado somado das criptomoedas era estimado em US$ 3,908 trilhões.
Influência do dólar
Segundo André Franco, CEO da Boost Research, o fortalecimento recente do dólar contribuiu para o recuo simultâneo de ouro e bitcoin. “A expectativa de curto prazo para o BTC permanece neutra a levemente negativa, uma vez que a valorização do dólar e a cautela quanto à postura futura do Fed podem limitar avanços do ativo”, afirmou.
Com informações de Valor Econômico
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