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Bolívia vai às urnas em meio a crise econômica e provável segundo turno entre candidatos de direita

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Mais de 7,9 milhões de bolivianos votam neste domingo, 17, para escolher presidente, vice e renovar a Assembleia Legislativa Plurinacional. O pleito ocorre em meio a uma escassez de dólares que dificulta a importação de produtos básicos e depois da retirada da candidatura do presidente Luis Arce, fato que deixou o governista Movimento ao Socialismo (MAS) fora da disputa pelo Palácio Quemado pela primeira vez em mais de 20 anos.

Favoritismo de candidatos de direita

Pesquisas apontam o empresário Samuel Doria Medina, 66 anos, da coalizão Alianza Unidad, e o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, 64, da coalizão Libre, como líderes da corrida eleitoral. Levantamento Ipsos/Ciesmori dá 21,2% a Medina e 20% a Quiroga, enquanto sondagem Atlas divulgada na sexta-feira mostra Quiroga à frente com 22,3%, ante 18% de Medina. Caso nenhuma candidatura alcance 50% dos votos válidos — ou 40% com vantagem mínima de dez pontos —, um segundo turno está marcado para 19 de outubro.

Ao todo, oito nomes disputam a Presidência. O senador Rodrigo Paz Pereira (Partido Democrata Cristão) aparece em terceiro lugar nas intenções de voto, enquanto os principais representantes da esquerda — Andrónico Rodríguez (Alianza Popular) e Eduardo del Castillo (MAS) — enfrentam baixa projeção após o colapso interno do partido fundado por Evo Morales.

Vagas no Legislativo

Além do Executivo, os eleitores escolherão 130 deputados — 60 por representação proporcional dos nove departamentos, 63 em distritos uninominais e 7 de circunscrições indígenas — e 36 senadores, quatro por departamento. Haverá ainda nove representantes para organismos parlamentares internacionais. Os mandatos são de cinco anos, com direito a uma única reeleição consecutiva, depois que o Tribunal Constitucional Plurinacional declarou inconstitucional a reeleição ilimitada em 2023.

Economia concentra preocupações

A queda de 50% nas exportações de gás natural entre 2014 e 2024 reduziu as reservas cambiais, gerou falta de dólares e pressionou os preços. Até abril de 2025, a inflação acumulada em 12 meses atingiu 15%, e a de alimentos chegou a 24%, colocando o país entre os três mais inflacionários da América do Sul, atrás de Venezuela e Argentina.

Pesquisa Atlas lista corrupção (62,1%), hiperinflação e escassez de produtos (39,3%), crise energética (38,7%) e crise social (35,5%) como os principais problemas apontados pela população. Economistas como Jaime Dunn e Ricardo Nogales avaliam que o próximo governo será “transitório”, dedicado principalmente a cortar gastos públicos, rever subsídios a combustíveis e ajustar o câmbio — medidas consideradas politicamente impopulares.

Com informações de Valor Econômico

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