Bolsonaro envia laudo de exames ao STF em cumprimento a decisão de Moraes

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) os resultados dos exames médicos realizados no último sábado (16), no Hospital DF Star, em Brasília. O envio atende à determinação do ministro Alexandre de Moraes, que autorizou a saída temporária de Bolsonaro da prisão domiciliar para a realização dos procedimentos.

De acordo com o laudo, Bolsonaro foi diagnosticado com duas infecções pulmonares, esofagite e gastrite persistentes. Os exames de imagem indicaram sinais residuais de infecções pulmonares recentes, possivelmente ligadas a episódios de broncoaspiração. A endoscopia apontou continuidade da esofagite e da gastrite, agora menos intensas, mas que exigem tratamento medicamentoso permanente.

O documento detalha a realização de exames de urina, sangue, endoscopia, tomografia, ecocardiograma, ultrassonografia e colonoscopia. Todos foram solicitados pelo médico responsável pelo acompanhamento de Bolsonaro, que inclui cuidados relacionados às complicações decorrentes da facada sofrida em 2018, durante a campanha presidencial.

Em abril deste ano, o ex-presidente passou por uma cirurgia para reconstrução da parede abdominal. O relatório médico recomenda a continuidade dos tratamentos para hipertensão, aterosclerose nas carótidas e nas coronárias, dislipidemia, refluxo e a adoção de medidas preventivas contra broncoaspiração.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, por decisão de Moraes. O ministro entendeu que o ex-presidente violou a medida cautelar que o proíbe de usar redes sociais, ao enviar uma mensagem a manifestantes em Copacabana (RJ) por meio de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Pela determinação do STF, Bolsonaro pode receber médicos indicados por sua defesa sem necessidade de autorização prévia, desde que observadas as restrições impostas — entre elas, a proibição de uso de celular durante as visitas e de publicações em redes sociais. Em casos de urgência hospitalar, a Corte deve ser informada em até 24 horas, com apresentação de atestado médico.

Com informações de Valor Econômico