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Tel Aviv, 25 de fevereiro – O Exército de Israel voltou a atacar a região da Cidade de Gaza na madrugada deste domingo (25), destruindo prédios e casas e deixando ao menos 63 mortos nas últimas 24 horas, de acordo com o Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas.
Imagens obtidas pela emissora Al Jazeera Arabic mostram tropas israelenses avançando pelo bairro de Sabra, próximo a Zeitoun, um dos pontos mais atingidos desde o início da ofensiva. No Hospital Al-Ahli, médicos relataram a morte de uma criança no bombardeio a Sabra, além de 16 pessoas que estavam abrigadas no noroeste de Khan Younis e 22 palestinos que buscavam ajuda humanitária no sudeste da Faixa de Gaza.
Testemunhas contaram ter ouvido explosões contínuas durante a noite nos bairros de Zeitoun e Shejaia, enquanto tanques disparavam contra casas e ruas em Sabra. Na vizinha Jabalia, vários prédios foram destruídos. Segundo as Forças de Defesa de Israel, a retomada dos ataques em Jabalia busca desmantelar túneis e impedir que combatentes do Hamas voltem a operar na área.
Conteúdo do Artigo
TogglePlano para tomar a Cidade de Gaza
A nova investida ocorre após o governo israelense aprovar um plano para ocupar a Cidade de Gaza, onde vive cerca de metade dos mais de 2 milhões de habitantes do enclave. A iniciativa avança enquanto aguarda resposta de Israel uma proposta de cessar-fogo já aceita pelo Hamas.
O ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou neste domingo que a ofensiva prosseguirá e advertiu que a Cidade de Gaza será “arrasada” caso o Hamas não aceite encerrar a guerra nos termos exigidos por Israel e libertar todos os reféns capturados em 7 de outubro. Em comunicado, o Hamas disse que o plano prova que Tel Aviv não leva a sério as negociações e responsabilizou o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu pela vida dos sequestrados.
A proposta em discussão prevê trégua de 60 dias, libertação de 10 reféns vivos e a entrega de 18 corpos, enquanto Israel soltaria cerca de 200 presos palestinos que cumprem longas penas. Com o início do cessar-fogo, as partes negociariam uma trégua permanente e a devolução dos demais reféns.
Imagem: REUTERS via infomoney.com.br
Deslocamento e fome
Os bombardeios forçaram milhares de moradores a deixar, novamente, a Cidade de Gaza em veículos ou riquixás. A Organização das Nações Unidas calcula que quase toda a população do território já foi deslocada, muitas vezes mais de uma vez.
Relatos de residentes apontam para a falta de rotas seguras e recursos. “Pare de contar as vezes que tive de levar minha esposa e três filhas para sair de casa”, disse Mohammad, 40 anos, à Reuters. Já Aya, 31, afirmou que não pode fugir: “Estamos com fome, medo e sem dinheiro.”
Na sexta-feira (22), um grupo internacional de monitoramento confirmou que a Cidade de Gaza e áreas vizinhas enfrentam situação de fome, que pode se espalhar para todo o enclave. O Ministério da Saúde local informou mais oito mortes por desnutrição, totalizando 289 óbitos – 115 de crianças – desde o início do conflito. Israel contesta os números e a avaliação sobre a fome.
Com informações de InfoMoney
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